Secagem e armazenamento de grãos de crambe [Crambe hyspanica subesp. abyssinica (Hochst ex R.E.Fr) PRINA] para uso na produção de biodiesel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Magnun Antonio Penariol da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/149850
Resumo: A cultura do crambe começou a ser estudada no Brasil por apresentar elevado teor de óleo nos grãos. A produção é totalmente mecanizada e de baixo custo por utilizar as ferramentas disponíveis para outras espécies. O crambe é uma cultura de inverno, então se torna também uma excelente opção para o cultivo em safrinha. No entanto a cultivar desenvolvida para a comercialização no país apresenta maturação irregular dos grãos, o que se torna um problema tanto para a colheita quanto para os processos pós-colheita, por não se haver uma época ideal para colheita mecanizada sem que ocorram perdas durante esta etapa, ou ainda durante a secagem e armazenamento. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi acompanhar o processo de secagem dos grãos de crambe, e ainda o período de 12 meses de armazenamento, relacionando esses processos com a dinâmica de formação de lipídeos dos grãos, os sistemas antioxidantes, o acúmulo de açúcares, lipídeos e proteínas ao longo do desenvolvimento, os estresses ocasionados pela secagem e a pigmentação durante o armazenamento. Para isso, um experimento foi instalado na área de produção da Fazenda Experimental Lageado, onde utilizou-se para semeadura sementes de crambe da cultivar FMS Brilhante (Fundação Mato Grosso do Sul), na qual o processo foi acompanhado semanalmente verificando os teores de água dos grãos (82, 74, 60, 40, 30, 20 e 10%) que foram submetidos à diferentes métodos de secagem (testemunha, natural, secagem em estufa à 30ºC e secagem em estufa à 40ºC). Para melhor entendimento dos dados obtidos este trabalho foi dividido em quatro capítulos. O primeiro capítulo trata-se de uma revisão de literatura a respeito dos processos de desenvolvimento, secagem e armazenamento de grãos de crambe. O segundo capítulo estudou a dinâmica de formação de lipídeos nestes grãos. No terceiro capítulo avaliou-se o acúmulo das principais reservas (proteínas, açúcares e lipídeos) e os danos oxidativos ocasionados pela secagem dos grãos. E no quarto o foco foi verificar se o tempo de armazenamento afeta as reservas, pigmentação e a atividade enzimática dos grãos. Conclui-se que a maior reserva encontrada em grãos de crambe são os lipídeos, seguido por açúcares e proteínas, os grãos de crambe apresentam maior acúmulo de lipídeos aos 49 dias após a floração, a secagem à 80 ºC provoca danos aos grãos e que os grãos de crambe começam aumentar o conteúdo de pigmentos à partir dos 6 meses de armazenamento.