Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Felipe, Mariana Alves Machado Pelegrini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154418
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Resumo: |
Este estudo investiga as orações concessivas do espanhol falado introduzidas por aunque, juntor que, de acordo com os compêndios gramaticais, pode assinalar uma relação concessiva ou adversativa em língua espanhola. Sob a perspectiva da teoria da Gramática Discursivo-Funcional (GDF) (HENGEVELD; MACKENZIE, 2008), pretendemos averiguar como o fenômeno da sobreposição semântica entre concessão e adversidade é concebido e, de maneira específica, investigar as particularidades da relação concessiva que ocorre nos níveis e camadas do modelo da Gramática Discursivo-Funcional, especialmente no Nível Interpessoal. Diversos autores na literatura do espanhol afirmam que “as relações de concessão e de adversidade fazem referência a domínios nocionais muito próximos” apoiados no argumento de que ambas apresentam elementos de informação contrastantes entre si (FLAMENCO GARCÍA, 2000, p.3809). Em espanhol, algumas estruturas, quando introduzidas por aunque, podem comportar diferentes leituras, o que se comprova substituindo a conjunção aunque por pero, como se observa em: Parece tonto, aunque a veces sorprende e Parece tonto, pero a veces sorprende (CASCÓN MARTÍN, 2000, p.169). O presente trabalho parte do pressuposto de que todo uso de aunque é, na realidade, concessivo, e o que permite uma leitura adversativa é, na verdade, uma questão de ordem pragmática. Os dados mostram que as orações consideradas pela literatura como adversativas são as que se constituem entre Atos Discursivos e entre Movimentos, ambas do Nível Interpessoal. Nesse caso, tendem a ser não pressupostas, pois essas construções carregam a informação mais saliente do ponto de vista informativo ou simplesmente configuram casos nos quais o falante deseja mencionar/relembrar alguma informação, não importando se o ouvinte a conhece ou não; além disso, são construções que tendem à factualidade, alternam a forma verbal entre indicativo e subjuntivo (embora apenas os casos com verbo no indicativo aceitem substituição por pero) e tendem a aparecer em posição posposta ou independente. No que diz respeito à análise dos dados, o universo de investigação adotado consiste em amostras extraídas do Projeto PRESEEA. |