Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Simão, Larissa Gândara [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204947
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Resumo: |
A história dos povos tradicionais no Brasil é marcada por lutas, conflitos e resistências. Muitas dessas lutas aconteceram a fim de garantirem suas permanências nos lugares em que se encontram e, sobretudo, para manterem vivas suas culturas, valores e tradições, que fazem esses povos serem reconhecidos como tradicionais, o que não quer dizer cristalizados, mas sim, que dialogam e se reinventam com o tempo. Esses povos, em específico as comunidades caiçaras, vivem próximas ao mar, praticavam agricultura de subsistência e pesca e, atualmente, tem como principal fonte de renda o turismo, praticado no verão tropical. Muitos dos lugares que habitavam foram transformados em Unidades de Conservação, como o caso da Praia do Sono. Neste contexto, o trabalho teve como objetivo compreender o sentido de lugar para os caiçaras dali, bem como as principais lutas travadas pela permanência no território, através das experiências narradas por eles. Assim, pesquisaram-se as lutas mais relevantes, sendo elas: a criação da Reserva Ecológica na década de 1990, que abrangeu a Praia do Sono e é descrita como non edificandi, necessitando ser recategorizada para atender ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e a construção de rodovias nas últimas décadas do século XX, responsáveis pela chegada da especulação imobiliária, que atingiu a região, até então, praticamente intocada. Enfrentando grilagens de terras e, mais recentemente, as imposições de um condomínio de luxo construído no ponto que dá acesso à praia, os caiçaras do Sono lutam pela continuidade de suas expressões identitárias no território do qual se apropriaram há muitos anos. Os resultados observados expressaram as experiências profundas do entrelaçamento do caiçara com o seu lugar e também que não importam quais sejam as lutas e quanto tempo durarão, a população residente ali resistirá no seu território, adaptando seus modos de existência a partir da dinâmica e da fluidez do tempo presente. |