Resposta de organismos do entremarés ao aumento da temperatura: abordagem fisiológica e comportamental em uma perspectiva de aquecimento global

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Granado, Priscila
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153202
Resumo: Os ambientes de entremarés como manguezais e costões rochosos apresentam diversidade de organismos, grande quantidade de nutrientes e controles bióticos eficientes sendo importantes economicamente e ecologicamente. Esses ambientes do entremarés são influenciados diariamente por fatores abióticos como salinidade, ação das ondas, da maré e temperatura. Dentre os fatores abióticos que atuam nos ambientes de entremarés, a temperatura tem sido extensivamente estudada, pois tem efeitos na fisiologia, comportamento e sobrevivência de organismos ectotérmicos, que têm suas funções vitais diretamente dependentes da temperatura ambiental. Neste trabalho, para avaliação das consequências fisiológicas e comportamentais do aumento da temperatura, escolhemos organismos reconhecidamente importantes para estruturação de comunidades de costões rochosos e manguezais. Entendemos que o aquecimento global afetando essas espécies, também afetará toda a comunidade desses ambientes. Para respostas fisiológicas e comportamentais ao aumento da temperatura de organismos de costões rochosos escolhemos o caranguejo Pachygrapsus transversus. Esta espécie é abundante em costões rochosos brasileiros e tem hábito alimentar onívoro, em que se alimenta de organismos autotróficos e tecido animal. Sua presença influencia a diversidade e abundância de organismos em costões rochosos. Para respostas fisiológicas de organismos de manguezais frente ao aumento da temperatura, escolhemos as espécies Parasesarma bidens e Metopograpsus frontalis. Essas espécies são conhecidas por exercerem influência na cadeia alimentar de manguezais asiáticos. Metopograpsus frontalis é generalista, utiliza uma variedade de micro hábitats, como manguezais e bancos de lama, e está, portanto, envolvido em várias cadeias alimentares. Parasesarma bidens consome principalmente folhas em decomposição e os fragmentos não digeridos retornam à superfície do sedimento quando liberam suas fezes. Essas duas espécies consomem materiais vegetais mortos, tornando-os importantes na cadeia alimentar detritívora, além de consumir algas e sedimentos inorgânicos, que possuem alta densidade de bactérias e diatomáceas.