Mudanças climáticas e comunidades entremarés de costões rochosos – efeitos da temperatura e hidrodinamismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Guimarães, Julia Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Oceanografia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20597
Resumo: As comunidades bentônicas do entremarés que habitam costões rochosos estão sujeitas ao impacto de ondas e variações de maré, ficando expostas ao ar durante as baixa-mares, sendo bastante suscetíveis às mudanças climáticas, pois entre as consequências esperadas estão o aumento da frequência de tempestades que podem causar maior hidrodinamismo, além de ondas de calor terrestres. Investigou-se aumento experimental da temperatura do arem placas de granito gerado pela presença de bordas pretas, brancas e sem bordas, instaladas na faixa de Tetraclitastalactifera. Simultaneamente, foi avaliado de que forma diferentes graus de hidrodinamismo podem impactar as comunidades macrobentônicas sésseis, a partir do monitoramentoem dois costões menos e mais expostos à ação de ondas, em Itaipu e Piratininga respectivamente, em Niterói - Rio de Janeiro. Este experimento foi conduzido entre março de 2022 e fevereiro de 2023. Algas verdes cresceram mais no costão batido, onde também foram encontrados mexilhões; enquanto cracas se desenvolveram mais rapidamente em ambiente mais calmo. Poucos, ou nenhum organismo se manteve nas placas que apresentaram temperaturas mais altas (até 52,9ºC) ao longo do monitoramento. O costão menos exposto possui também um habitat mais heterogêneo e as comunidades das placas foram mais diversas entre si do que no costão mais exposto. As placas pretas de forma geral deixam o substrato mais quente e ao fim do período amostral, estas possuíam o menor número de cracas, especialmente em Piratininga, corroborando as hipóteses testadas. Os efeitos sinérgicos do aumento de temperatura do ar e incidência de ondas parecem mais prejudiciais às comunidades do que quando analisados separadamente. Entretanto, os impactos sobre cada espécie são distintos, sendo necessário que se entenda como cada uma responde a esses efeitos.