Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Mariano, Dante Luís Silva |
Orientador(a): |
Barros Junior, Francisco Carlos Rocha de |
Banca de defesa: |
Neves, Elizabeth Gerardo,
Silva, Rodrigo Johnsson Tavares da,
Barros Junior, Francisco Carlos Rocha de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Biologia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ecologia e Biomonitoramento
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19570
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Resumo: |
Ambientes entremarés estuarinos são reconhecidos por seu grande valor ecológico e econômico. Nestes ambientes, muitas comunidades humanas utilizam os recursos naturais (e.g. mariscos, peixes) como principal fonte de renda e para própria alimentação. Nestes sistemas, assembleias macrobentônicas apresentam grande variação em sua distribuição espacial, devido à (i) variação de fatores ambientais como frações do sedimento, salinidade, matéria orgânica, declividade, e (ii) à variação de fatores biológicos, como processos de facilitação do assentamento de larvas, competição ou predação. Muitos estudos foram realizados em ambientes entremarés de estuários, entre esses, alguns foram realizados no gradiente entremarés (do corpo d’água em direção ao continente) e outros no gradiente estuarino ou longitudinal de salinidade (de regiões de água doce em direção ao mar). Estudos que buscam a descrição de padrões de zonação da macrofauna nos ambientes entremarés (i.e. no gradiente entremarés) são mais abundantes na literatura científica, especialmente em zonas temperadas. Estudos realizados em gradientes estuarinos, também mais comuns em zonas temperadas, sugeriram que a salinidade e as características do sedimento são os fatores que mais influenciam a estrutura das assembleias macrobentônicas. Contudo, estudos que abordam esses gradientes em ambientes entremarés tropicais são escassos. O objetivo do presente trabalho foi (i) caracterizar os padrões espaciais das assembleias macrobentônicas de habitats entremarés ao longo do gradiente estuarino dos principais tributários da Baía de Todos-os-Santos e, (ii) relacionar tais padrões com salinidade, CaCO3, matéria orgânica e frações sedimentares. Os rios Jaguaripe, Paraguaçu e Subaé foram amostrados ao longo do gradiente de salinidade, em 10 estações, com exceção do Subaé, no qual foram dispostas 11 estações. Em cada estação, foram coletadas amostras do sedimento, para determinação da granulometria e dos percentuais de CaCO3 e de matéria orgânica, e da macrofauna. Foram mensuradas a salinidade do corpo d’água e a salinidade intersticial do sedimento dos habitats entremarés. Os resultados apresentaram um padrão similar de estrutura e composição das assembleias macrobentônicas nos três estuários estudados, onde a salinidade foi a variável mais importante. Foi observado um padrão contínuo de assembleias ao longo do gradiente, cujos limites das distintas assembleias são de difícil determinação (i.e. seriação). Adicionalmente, foi observado que a riqueza de táxons ao longo dos gradiente geralmente decresceram em regiões dos estuários com maior aporte de água doce, concordando com alguns estudos pretéritos. Este foi o primeiro estudo que abordou a escala de gradiente estuarino em habitats entremarés tropicais com réplicas em três sistemas. São recomendados estudos futuros que contemplem uma variedade de escalas espaciais, com abordagem hierárquica, considerando o gradiente estuarino e o gradiente entremarés, bem como estudos manipulativos que avaliem o efeito de interações biológicas na estrutura e composição das assembleias estuarinas. |