Efeitos de uma intervenção computadorizada sobre a ansiedade à matemática em crianças com discalculia do desenvolvimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nascimento, Jéssica Mendes do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/190803
Resumo: A Discalculia do Desenvolvimento (DD) é um transtorno de aprendizagem de caráter persistente e intrínseco, relacionado a déficits na cognição numérica, que não são causados por deficiência intelectual, ou estudo inadequado. Muitas crianças com DD adquirem uma atitude negativa frente à matemática, denominada Ansiedade à Matemática (AM); caracterizada por respostas cognitivas, fisiológicas e comportamentais de esquiva à disciplina. O surgimento da AM parece incluir variáveis genéticas, culturais, sociais e cognitivas. A maioria das pesquisas indica que a AM afeta negativamente a performance matemática. Contudo, os resultados das pesquisas são contraditórios e inconclusivos, possivelmente por variáveis como idade, sexo e método diagnóstico. Entre as intervenções para apoio às crianças com DD, há evidências de que Treinos Cognitivos Computadorizados (TCC) podem, além de melhorar habilidades matemáticas, diminuir os sintomas de AM. O presente estudo teve como objetivo analisar os efeitos de um TCC de habilidades matemáticas sobre a AM em crianças com DD, além de caracterizar a AM quanto a idade, e o sexo; considerando a comparação entre duas escalas avaliativas : Entrevista de Ansiedade a Matemática (MAI) e Escala de Ansiedade a Matemática (EAM). Participaram do estudo 72 estudantes de idade entre 8 e 10 anos, diagnosticados com DD, de ambos os sexos, do interior do estado de São Paulo, provenientes de escolas da área urbana. As crianças foram divididas em três grupos: grupo Controle (GC), grupo Adaptativo (GA) e grupo Não-Adaptativo (GNA). Todas as crianças passaram por duas avaliações neurocognitivas, num intervalo de 6 a 8 semanas. O TCC foi realizado em pequenos grupos que concluíram 20 sessões. Os resultados não indicaram diferenças entre níveis de AM nas comparações dos fatores sexo e idade para ambas as escalas, contudo os resultados da EAM indicam níveis mais altos de AM considerando tais fatores. Observou-se correlação positiva entre EAM e MAI. Apesar dos menores escores descritos na segunda avaliação para GA, as análises inferenciais comparativas demonstraram que não houve efeito de transferência para AM. Conclui-se que a combinação de diferentes instrumentos pode auxiliar na análise multifatorial do constructo, além de se ressaltar a necessidade de desenvolver padronizações para contextos culturais diferentes, e a aplicação de intervenções complementares.