Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Rossi, Liene Regina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/213789
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Resumo: |
A Discalculia do Desenvolvimento é caracterizada por déficits na cognição numérica, que se entendem por prejuízos na consolidação dos sistemas numéricos simbólicos, compreensão dos sinais e algarismos, assim como na realização de operações aritméticas, como adição e subtração. Além disto, a Discalculia do Desenvolvimento (DD) afeta crianças com inteligência típica e oportunidades de escolaridade adequadas, sendo geralmente resistente ao tratamento. Há evidências que o Calcularis®, um treino cognitivo computadorizado, promove melhoria nas habilidades matemáticas: processamento de números, adição, subtração, multiplicação e divisão para crianças com DD. Contudo, ganhos em outras habilidades cognitivas ainda não foram exaustivamente estudados, tampouco a influência da duração do protocolo. Nesse sentido, o presente estudo avaliou os efeitos do treino computadorizado Calcularis® sobre a cognição numérica, as habilidades intelectuais, mnemônicas, executivas e escolares de crianças com DD que frequentavam o ensino fundamental de uma escola localizada no interior do estado de São Paulo. Foram triadas 888 crianças, das quais oitenta e sete apresentaram indicativos de DD e passaram pela avaliação neuropsicológica, após exclusões, as remanescentes 66 crianças foram designadas aleatoriamente para um dos três grupos: Grupo Adaptativo (GA), composto por crianças que realizaram o treino cognitivo computadorizado adaptativo; Grupo Controle (GC), formado por crianças que não receberam intervenções e continuaram com a rotina escolar e; Grupo Não Adaptativo (GNA), integrado por crianças que realizaram o mesmo treino cognitivo, porém de forma não adaptativa (não se ajustando às capacidades matemáticas individuais da criança). Sessenta e seis crianças completaram 20 sessões de treino e os resultados foram analisados considerando-se os desempenhos nos diferentes domínios cognitivos avaliados em função do grupo e tempo. Os resultados indicaram nas interações entre grupo versus tempo que o GA apresentou melhor desempenho no pós-treino em subtração. Também foi observado no GA melhor desempenho em habilidades não treinadas (memória fonológica), que possuíam estímulos e processos comuns incorporados nas tarefas: transcodificação de números e melhor percepção em relação à eficácia acadêmica e, mais importante, utilizando um protocolo mais curto do que os estudos realizados nos países desenvolvidos. O programa de treino impulsionou o desempenho escolar da matemática em crianças com DD e se mostrou efetivo para um país com desigualdades em recursos educacionais. |