Galego-português: para uma intervenção em sala de aula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Nunes, Josias de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153742
Resumo: O Brasil, um dos três maiores países das Américas, foi colonizado pelos portugueses, que aportaram em suas terras no século XVI, status conservado até o recente século XIX. A colônia tornou-se reino independente de Portugal, e tem-se desde sempre que o seu idioma é o português, legado dos descobridores. A educação brasileira perpetua a versão, através do conteúdo formal para a educação básica, sem que haja nos PCN`s informações sobre sua gênese. Não há menção do galego, ou mesmo do galego-português. O presente trabalho aborda à história sociopolítica da língua portuguesa, “que circunstâncias favoreceram essa sucessiva expansão e que consequências sociopolíticas advieram delas” (FARACO, 2016, p.10), e propõe a exposição das obras dos trovadores dos séculos XII e XIII aos discentes. Embora um estudo histórico-linguístico não seja o propósito, procura-se dar rápido panorama da evolução interna da língua portuguesa sob Teyssier (TEYSSIER, 1987), através de Saraiva (SARAIVA, 1995); aborda-se a linguística românica (ILARI, 2004), o português arcaico (MATTOS E SILVA, 2006), e, ainda, a gramática histórica (COUTINHO, 1976). Mas debruça-se mais detidamente sobre história da sociedade que serviu de berço para o nosso idioma (WINCK, 2017), e no fato de o Português ser língua oficial de Portugal só em fins do século XV, fenômeno tardio; vê-se a Gramática da Linguagem Portuguesa de Fernão de Oliveira (1536), a primeira. Pesquisa-se o século XVIII, quando muito se fala em ‘língua do príncipe’ ou ‘língua do soberano (BURKE, 2010); busca-se caminho por linguagens e comunidades nos primórdios da Europa Moderna, citado por Faraco (FARACO, 2016). Faz-se distinção, portanto, entre os autores que perpetram a história interna da Língua, por estudos histórico-linguísticos – Teyssier, Saraiva, Ilari, Mattos e Silva e Coutinho – e autores que produzem uma história externa, pelos estudos sociopolíticos – Winck, Faraco e Burke. Autores galegos que abordam a questão sociopolítica da língua, de dentro para fora, conhecedores que são de sua própria história, são consultados. Estende-se a breve análise à construção do currículo e às políticas linguísticas vigentes através do MEC – Ministério da Educação. Tendo-se em mente a distinção entre aspectos histórico-linguísticos e sociopolíticos da língua portuguesa em sua origem na Galícia, pretende-se que o alunado tenha acesso introdutório a esses aspectos, pelos textos pertencentes aos compêndios: Cancioneiro de Santa Maria, Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa – Colocci Brancutti, Cancioneiro da Vaticana. Há de se confirmarem (ou não) entendimento de tema, assunto, título e texto com as respectivas transcrições para a língua corrente. Busca-se o reconhecimento (ou não) da identidade linguística do aluno brasileiro do século XXI a partir de textos matriciais que transitem da Provença às percepções literário-culturais brasileiras atuais, e a despeito de suas variações.