Frequência de centros germinativos e caracterização de células dendríticas mieloides e plasmocitoides na síndrome de Sjögren

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Evânio Vilela da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204281
Resumo: A síndrome de Sjögren (SS) é uma doença autoimune crônica sistêmica que afeta principalmente as glândulas salivares e lacrimais, ocasionando xerostomia e ceratoconjuntivite sicca, respectivamente. A histopatologia de biópsias de glândulas salivares menores (GSm) exibindo sialadenite linfocítica focal (SLF) com um escore focal ≥1, é um critério diagnóstico importante para definir o dignóstico de SS. Em alguns casos, a SLF mostra a presença de centros germinativos (CGs). Alguns estudos sugerem que CGs na SLF pode ser preditivo para o desenvolvimento de linfoma em pacientes com SS. As células dendríticas (CDs) são eficientes células apresentadoras de antígenos e foram sugeridas agir modulando a ativação de células T e B na SS; no entanto, a sua contribuição precisa ser melhor esclarecida. Este estudo analisou a frequência de CGs e a presença de CDs mieloides e plasmocitoides em biópsias de GSm de pacientes com SS primária (SSp). Cinquenta casos de SSp (grupo SSp) e 31 casos de lesões orais reativas (não SS, não sicca, grupo controle) contendo também características típicas de SLF, foram avaliados por análise morfológica e imunoistoquímica (CD10, CD23 e Bcl-6), visando à detecção de CGs. Além desses, para caracterizar a presença de CDs, foram utilizados os seguintes anticorpos CD1a, CD207, CD123 e CD303. A análise morfológica revelou CGs em 20% (10/50) e 19% (6/31) do grupo SSp e controle, respectivamente. O número de focos foram significativamente maiores no grupo SSp do que no grupo controle com FS <1. A imunoistoquímica confirmou todos os achados morfológicos (CG mostrando positividade para CD23 e Bcl-6, com expressão variável de CD10) e adicionalmente em 3 e 1 casos do grupo SSp e controle, respectivamente. A análise imunoistoquímica para CDs, no grupo SSp, revelou uma população heterogênea de células de Langerhans (CLs) CD1a+ e CD207+ localizadas preferencialmente em padrão periductal, e de CDs plasmocitoides (CDp) CD123+ e CD303+ distribuídas na periferia dos infiltrados inflamatórios; enquanto que, no grupo controle, essas células foram escassas (CLs, p<0,05). Em conclusão, este trabalho mostra que a SLF também pode ser observada quando examinando lesões orais reativas, as quais apresentaram frequência de CGs semelhante às encontradas em pacientes com SSp. Ainda, a imunoexpressão de marcadores de CDs em pacientes com SSp sugere a participação dessas células na perpetuação do processo imunoinflamatório na SSp, contribuindo na elucidação de alvos imunoterapêuticos.