Caracterização histológica de biópsia de glândula salivar menor como fator diagnóstico e prognóstico de paciente com Síndrome de Sjögren

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Barbosa, Jéssica Barroso
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1051167757435026
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Odontologia
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8508
Resumo: A Síndrome de Sjögren (SS) é uma doença autoimune crônica sistêmica, onde a Biópsia de Glândula Salivar Menor (BGSM) desempenha um papel fundamental nos critérios de classificação da doença. Este trabalho teve como objetivo realizar uma caracterização histológica de glândulas salivares menores (GSM) com histologia positiva para SS utilizando as recomendações de Fisher et al. (2017) além de comparar as análises histopatológicas convencional e digital. Em um período de 10 anos, 123 pacientes com laudos suspeitos para SS foram localizados no Departamento de Patologia e Medicina Legal da Universidade Federal do Amazonas (DPML/UFAM). Destes, 50 foram selecionados por apresentarem laudo da rotina com biópsia positiva para SS. Após aplicação dos critérios de elegibilidade, 32 casos foram incluídos para serem avaliadas microscopicamente aplicando os critérios de 2017. A concordância intra-observador das análises tanto pelo método convencional quanto pelo método digital foram realizadas por meio de Coeficiente de Confiabilidade Intraclasse (CCI) utilizando variáveis contínuas de número de focos, área de parênquima glandular e score focal (SF) ≥1 nas diferentes técnicas. Adicionalmente foi realizada caracterização histológica exclusivamente qualitativa. Houve concordância diagnóstica entre os laudos histopatológicos positivos do arquivo e avaliação histopatológica nesta pesquisa em 75% (n=24) da amostra, sendo estes os que seguiram as etapas posteriores. Na análise convencional, a média do número de focos foi de 8,5 focos (±4), com ICC de 0,835, a área glandular apresentou média de 19,5 mm² (±10,7), com ICC de 0,966, e o SF médio de 2,04 (±1,05). Já no método digital, as variáveis mensuradas foram a área glandular, que obteve média de 12,4 mm² (± 6,8), com ICC de 0,976 e o SF que obteve média de 3,2 (± 1,5). Quando comparados os SF obtidos em cada método verificou-se um ICC de 0,769, evidenciando diferentes resultados de SF em cada método de avaliação, não variando, porém, o diagnóstico. Entre as características adicionais tivemos presença de fibrose (95,83%), infiltração adiposa (45,83%), dilatação ductal (95,83%), atrofia acinar (100%) e ainda lesão linfoepitelial (LESA) (33,33%) e centro germinativo (CG) (4,16%) importantes para o prognóstico da lesão. Foi possível concluir neste trabalho que a BGSM em pacientes com suspeita de SS é de extrema importância em função de suas implicações diagnósticas e prognósticas, no entanto etapas de sua avaliação podem estar sujeitas a subjetividade em menor ou maior grau, sobretudo em relação a contagem de focos linfocitários. Sugere-se que a LESA e CG, apresentem baixa prevalência em GSM de pacientes com SS, podendo ser relatados de forma inconsistente. A análise digital apresenta o SF frequentemente superestimado em relação ao obtido pelo método convencional, o que poderia repercutir em divergências prognósticas, mas não diagnósticas.