A intertextualidade pós-moderna de Agora é que são Elas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Mello, Claudio José de Almeida [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99165
Resumo: Esta dissertação faz uma análise crítica de Agora é que são elas, romance de Paulo Leminski publicado em 1984, cuja escolha justifica-se pela sua má recepção crítica, que apontou-a como uma obra desprovida de valor artístico, o que nos causou estranheza, haja vista Leminski ser considerado um escritor de vanguarda. Os resultados de nossa análise mostram que Agora é que são elas estabelece uma intertextualidade paródica com a cultura dominante, utilizando de maneira explícita alguns intertextos que ressaltam o seu caráter racional-científico. Nesse diálogo, a obra de Leminski utiliza o erotismo e a carnavalização para transgredir a lógica oficial da cultura ocidental - passada como um discurso único e transcendental -, desvendando seu processo de construção, devendo ser enquadrada, portanto, no pós-modernismo. Agora é que são elas problematiza a relação do homem com o mundo, mostrando que esta se dá pela linguagem, tanto na ficção quanto na história; consciente dessa mediação, explicita a sua auto-reflexividade, levando ao questionamento sobre a maneira como o conhecimento humano é construído. Esta análise tem por objetivo mostrar que Agora é que são elas é uma obra consistente, cujo cerne são importantes reflexões sobre o gênero romance frente a pós-modernidade, problematizando, pois, questões sobre a teoria da narrativa que emergem no século XX, sobretudo quanto à intertextualidade.