A visita domiciliar com instrumento de avaliação da adesão e prevenção de peritonites a pacientes em diálise peritoneal.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marinho, Laudilene Cristina Rebello
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191588
Resumo: Introdução: A doença renal crônica (DRC) resulta da deterioração progressiva e irreversível da função renal. Os métodos de tratamento para DRCT são: hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal. A educação do paciente com DRC começa assim que o diagnóstico é feito e nunca termina. A visita domiciliar (VD) tem sido uma prática institucional que contribui satisfatoriamente para o seguimento da diálise peritoneal domiciliar, possibilita conhecer e acompanhar a realidade, permitindo intervir o mais rápido possível em falhas detectadas e esclarecimento de dúvidas. Objetivos: Elaborar revisão integrativa sobre o tema. Identificar o perfil epidemiológico dos pacientes em diálise peritoneal submetidos à VD. Identificar as variáveis quantitativas e qualitativas descritas nos formulários de VD e relacionar as variáveis ao desfecho de peritonite. Demonstrar a VD como instrumento de avaliação da adesão e prevenção de peritonites a pacientes em DP. Método: Trata-se de estudo observacional quantitativo do tipo coorte retrospectivo com dados provenientes de formulários de VD continuada de uma unidade de diálise em um hospital público no interior do Estado de São Paulo no período de janeiro de 2015 a janeiro de 2018. Os critérios de inclusão foram formulários preenchidos na íntegra de VD de pacientes com idade maior ou igual de 18 anos. A ocorrência de peritonite foi obtida através do registro em prontuário médico, durante o período do estudo. As variáveis preditoras avaliadas foram sócio demográficas, clínicas e relacionadas à técnica do tratamento. Foi realizada análise estatística descritiva dos dados com frequência e porcentagem para as variáveis qualitativas, média e mediana e desvio padrão para as variáveis quantitativas. Teste-Chi-quadrado ou Exato de Fisher e regressão logística para verificar a associação do desfecho peritonite com as variáveis explanatórias qualitativas (categóricas). Foi considerado p<0,05 como nível de significância. Resultados: Foram avaliados 234 formulários de VD de 120 pacientes, sendo que 48(39,3%) apresentaram pelo menos um episódio de peritonite ao longo do seguimento. Observou-se que através da análise univariada por regressão logística das variáveis: sociodemograficas que as variáveis, renda per capita OR = 0,999 P < 0,0021 e religião OR =0.492 P < 0,0261 foram preditoras independentes do desfecho questão; e também que análise univariada das variavéis relacionadas ao domicílio: presença de falhas no tratamento OR = 1,983 P< 0,0346 e falha na técnica OR= 5,747 P< 0,0098 foram preditoras independentes do desfecho peritonite. Através da regressão logística múltipla as variáveis, renda per capita OR = 0,999 - P = 0,0069 e falha na técnica da realização do procedimento de DP OR = 2,073 - P = 0,0302 foram preditoras independentes do desfecho peritonite. Conclusão: A VD mostrou-se um valioso instrumento de avaliação proporcionando oportunidade de reconhecer e corrigir possíveis falhas mantendo um padrão adequado de tratamento no domicílio de acordo com a realidade de cada paciente e família. Permite a enfermeira observar se o paciente mantém sua autonomia, se as modificações ou adaptações realizadas ao longo do tratamento não trazem riscos durante a aplicação da técnica.