Suplementação de Ácido Ursodesoxicólico na modulação do LPB sérico e na gravidade clínica da psoríase: um estudo tipo prova de conceito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 0025
Autor(a) principal: Lai, Mariana Righetto de Ré [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/261541
Resumo: INTRODUÇÃO: A composição do microbioma intestinal (MI) está associado à doenças inflamatórias e síndrome metabólica. Há particularidades no MI dos pacientes com psoríase, as quais podem refletir em uma disbiose intestinal, além de síndrome metabólica ser prevalente nesses pacientes. Ácido ursodesoxicólico (UDCA) administrado via oral pode interferir na composição do MI e contribuir para os parâmetros metabólicos nesses pacientes. OBJETIVOS: Identificar alterações na composição do MI, parâmetros clínicos e proteína de ligação a lipopolissacarídeos (LPB) após suplementação oral de UDCA em pacientes com psoríase. MÉTODOS: Estudo quasi-experimental, aberto, envolvendo 40 homens adultos com psoríase divididos em dois grupos. O grupo intervenção recebeu ácido ursodesoxicólico oral 300mg/d por 28 dias, e o grupo controle não recebeu nenhuma intervenção. Desfechos: níveis séricos de LPB, além de dados clínicos e análise metagenômica fecal, em D0 e D28. RESULTADOS: Houve aumento na riqueza do MI (p<0,01) após tratamento com UDCA, com aumento médio de 40 espécies bacterianas, bem como redução média de 19% na carga bacteriana do filo Firmicutes (p=0,017). Verificou-se ainda uma maior redução do PASI no grupo tratado em comparação ao grupo controle: -1,0 vs -0,3 (p=0,037). Contudo, não houve diferença entre os grupos quanto à variação do LPB (p=0,166). CONCLUSÃO: UDCA oral por 28 dias modificou a diversidade do MI e promoveu discreta melhora clínica em pacientes com psoríase. Estudos com seguimentos mais longos e envolvendo pacientes sem tratamento sistêmico, podem revelar benefícios adicionais da modificação do MI com UDCA oral na psoríase.