Vias de sinalização mucosa-muscular na dismotilidade esofagiana induzida pelo ácido ursodesoxicólico: estudo experimental com cobaias
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2507529 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46865 |
Resumo: | Introdução: Alterações motoras do esôfago são frequentemente encontradas em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico. Isto pode ser causado por refluxo ácido ou biliar. Em um estudo experimental anterior, a exposição do esôfago ao ácido ursodeoxicólico, um componente da bile, diminuiu a amplitude das contrações esofágicas, mas não quando a mucosa esofágica foi ressecada. Estes resultados indicaram que a ação bile na motilidade esofágica é relacionada à sinalização da mucosa para a camada muscular e não um processo transmural. Este trabalho tem o objetivo de tentar identificar a natureza exata do caminho da sinalização mucosa-muscular por bloqueio de receptores através de estudo experimental. Material e Método: Quinze esôfagos de cobaias foram isolados, e sua contratilidade avaliada com transdutores de força. Fragmentos de três centímetros foram obtidos a partir do esófago distal e montados em câmaras de perfusão de órgãos isolados, contendo solução de Krebs-Henseleit oxigenado por uma mistura de 95% de O2 e 5% CO2 (pH 7,4). Os fragmentos foram ligados a transdutores de força ligados a um microprocessador para permitir a variação da tensão basal. As amostras foram mantidas, após a montagem, com uma tensão basal de 1 g durante 1 hora para estabilização. A medida da força (amplitude de contração) foi registrada. O esófagos foram incubados em 100 μM/L de ácido ursodesoxicólico durante 1 hora e 5 contrações sequenciais induzidas por 40 μM de KCl espaçadas por cinco minutos foram medidos. Após 30 minutos, as amostras de esófagos foram incubadas em 3 diferentes antagonistas da contração do músculo liso: atropina (1 μM) em 5, suramina (1 μM) em 5 e genisteína (1 μM) em 5. O mesmo protocolo para contrações foi repetido. Os valores são expressos como média ± desvio padrão e abrangem a média de cinco estímulos. Os procedimentos experimentais foram aprovados pelo Conselho de Revisão Institucional da Universidade. Resultados: Amplitudes de contração após incubação com a bile, mas antes da incubação com os antagonistas foram de 1,5 ± 0,8 g; 1,2 ± 0,8 g e 1,2 ± 0,5 g para atropina, suramina e genisteína, respectivamente. A média das amplitudes de contração após instilação dos antagonistas foi de 1,6 ± 0,8 g, 1,4 ± 0,5 g, 0,9 ± 0,5 g, respectivamente. Não houve diferença na amplitude de contração antes e após a instilação de atropina (p = 0,2), suramina (p = 0,5) ou genisteína (p = 0,1). Conclusões: Nossos resultados mostram que o bloqueio das vias colinérgica (atropina), purinérgica (suramina) ou da tirosina quinase (genisteína) não alteram a dismotilidade esofágica induzida pela bile. Outro caminho molecular pode desempenhar o papel neste cenário. |