Resumo: |
Carcinógenos ambientais, como os pesticidas aos quais cães e humanos estão expostos, podem levar a danos cromossômicos predispondo a tumores, tais como o linfoma. Neste contexto, o biomonitoramento como forma de prevenção e o diagnóstico precoce são essenciais para o sucesso na abordagem do paciente. O teste do micronúcleo obtido por meio da coleta de células da mucosa oral, é um teste de baixo custo capaz de detectar aberrações cromossômicas. Este teste é de uso rotineiro na medicina humana, se mostrando confiável, seguro e de facil execução. Com esse estudo, objetivamos avaliar as possíveis alterações citogenéticas em cães portadores de linfoma, comparativamente a outros sem neoplasias, utilizando o teste de micronúcleo. Para tanto, foram instrumentos da pesquisa cães atendidos pelo Setor de Oncologia do Hospital Veterinário “Governador Laudo Natel",no período de janeiro de 2020 a janeiro de 2021. Os animais foram alocados em dois grupos: Grupo linfoma (GL; n = 14), composto por animais que receberam o diagnóstico do tumor, e no Grupo controle (GC, n = 8), estes livres de neoplasia detectável e de outros problemas de saúde. Todos os animais foram submetidos à coleta de células da mucosa por meio de “cytobrush”. Foram observadas as seguintes alterações celulares: micronúcleo, células com botão nuclear, cariólise, cariorrexe, células binucleadas, picnose, cromatina frouxa e cromatina condensada. Para comparação das médias, foi utilizado o “One sample t test”, fixando-se os valores médios de GC para comparação com GL. Os animais do GL apresentaram maior número de micronúcleos, células com botão nuclear e células binucleadas (p < 0,1), demonstrando que o teste do micronúcleo foi capaz de detectar alterações citogenéticas em cães e sua aplicatibilidade na Medicina Veterinária, o que possibilita novos estudos na área |
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