Linfoma em cães: aspectos anatomopatológicos, caracterização do envolvimento do sistema nervoso central e linfoma hepatocitotrópico.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: BORGES, Ismael Lira.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25660
Resumo: Foi realizado um estudo retrospectivo dos casos de necropsias de cães diagnosticados com linfomas no Laboratório de Patologia Animal do Hospital Veterinário Universitário Prof. Dr. Ivon Macêdo Tabosa da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos, Paraíba durante o período de janeiro de 1986 a dezembro de 2018. O estudo resultou em três capítulos da dissertação. O primeiro intitulado como “Caracterização clínica e anatomopatológica de linfomas em cães: 51 casos” abordou a frequência de cães com linfomas, seus perfis referentes a idade, sexo e raça, sinais clínicos, aspectos macroscópicos e microscópicos das lesões. De 2600 necropsias realizadas em cães, 304 foram diagnosticados com distúrbios neoplásicos e destes, 51 com linfoma. Os machos foram mais afetados que as fêmeas e a idade média dos cães foi de 7,8 anos. Os animais sem raça definida e os puros das raças Rottweiler e Poodle foram os mais acometidos. Os principais sinais clínicos foram: anorexia, linfadenomegalia, mucosas hipocoradas, icterícia, apatia, prostração, lesões cutâneas e vômito. Cinco animais apresentaram linfomas isolados em fígado (2 casos), coração (2 casos) e rim (1 caso). Já 46 apresentaram linfomas multicêntricos afetando, principalmente fígado, linfonodo, baço, rins, pulmão, pele e coração. Foram visualizadas diferentes apresentações macroscópicas e microscópicas. O segundo capítulo intitulado de “Aspectos clínicos, anatomopatológicos e imuno-fenotípicos de linfomas com envolvimento de sistema nervoso central em cães: 7 casos” teve o objetivo de descrever setes casos esporádicos de linfomas secundários para o sistema nervoso central em cães detalhando as características da população em estudo, os sinais clínicos apresentados, os achados macroscópicos, histopatológicos e imuno-histoquímicos. Quatro animais eram machos e três fêmeas e a idade média dos cães acometidos foi de 7,4 anos. Três animais eram sem raça definida, dois da raça Rottweiler, um Dachshund e um Pastor Alemão. Os sinais clínicos consistiram de convulsão, ataxia, dor local, opistótono, cegueira bilateral e síndrome de Schiff-Scherrington. As lesões macroscópicas ocorreram, principalmente nas meninges e no encéfalo. Microscopicamente o principal padrão de distribuição foi o intravascular e quatro casos foram classificados como linfomas de células T periféricos inespecíficos e três como linfomas intravasculares de células T. O terceiro capítulo intitulado de “Linfoma hepatocitotrópico de células T em cão: relato de caso” contemplou um caso raro de linfoma hepatocitotrópico em um cão, sem raça definida, macho de 11 anos, enfatizando seus aspectos clínicos, anatomopatológicos e imuno-histoquímicos. O cão apresentava inapetência, anorexia, vômito, diarreia, icterícia, hepatomegalia e alterações nas bioquímicas séricas hepáticas e renais. Na necropsia observou-se fígado difusamente amarelado e aumentado de tamanho com bordos abaulados e acentuação do padrão lobular. Microscopicamente, observou-se infiltração difusa de células linfoides neoplásicas na luz de sinusóides e dissecando os cordões de hepatócitos individualmente ou em pequenos agrupamentos. Infiltrado semelhante foi observado nos rins. O perfil imuno-histoquímico revelou co-expressão CD3/CD20 com predomínio de células neoplásicas CD3 positivas sendo classificado como linfoma hepatocitotrópico de células T. Com esse trabalho foi possível determinar a frequência de cães com linfomas diagnosticados em necropsias no Laboratório de Patologia Animal da Universidade Federal de Campina Grande constatando ser uma neoplasia frequente na rotina e uma das principais causadoras de morte nesses animais. Acometeram os diversos sistemas incluindo o nervoso e apresentaram grande variedade de sinais clínicos e aspectos macroscópicos e microscópicos.