A decadência ideológica da ciência econômica e a formação política no MST e no 13 de Maio NEP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lubliner, Theo Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/253492
Resumo: O objeto de análise desta tese é a formação em economia para a consciência de classe. O argumento central aqui defendido é de que, se por um lado a teoria econômica tem sido uma poderosa arma ideológica da classe dominante, por outro, a apropriação crítica dessa ciência é condição necessária (ainda que insuficiente) ao avanço do processo de consciência das classes trabalhadoras. Ocorre que, como a ciência econômica burguesa é hegemônica nos centros de ensino especializado e nos grandes meios de comunicação de massa (onde a sua crítica é apenas residual) tem cabido em especial aos espaços de formação política de movimentos sociais o papel de fazer o seu contraponto a partir da crítica da Economia Política. Tendo isso em vista, no primeiro capítulo, foi feita uma revisão teórica sobre os temas ideologia e consciência de classe com o intuito de explicar como o processo de decadência ideológica da ciência econômica burguesa – descrito no segundo capítulo – tem criado mecanismos para massificar sua difusão mesmo diante de sistemáticas crises econômicas, científicas e ideológicas. O terceiro capítulo trata do processo de surgimento da ciência econômica proletária a partir da crítica da Economia Política de Marx e o seu amadurecimento ao longo do desenvolvimento do modo de produção capitalista e dos desfechos da luta de classes. O capítulo quarto aborda a manifestação particular no Brasil dos mesmos fenômenos e processos observados nos dois capítulos anteriores com ênfase na questão do desenvolvimento. Por fim, os dois últimos capítulos são estudos de caso das principais contribuições teórico-metodológicas de experiências de Educação Popular para a difusão da ciência proletária no Brasil, em especial no que se refere ao tratamento da temática econômica. Foram analisados o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e o 13 de Maio NEP (Núcleo de Educação Popular). A intenção da tese foi colaborar para uma reflexão a respeito de teoria econômica, de método e de metodologia de formação política e uma contribuição a respeito da necessidade de se criar meios e formas de difusão não só da crítica da Economia Política mas também de uma crítica da Ciência Econômica burguesa, mais do que nunca necessária ao avanço do processo de consciência das classes trabalhadoras no atual estágio do desenvolvimento capitalista regido pelo negacionismo neoliberal próprio do processo de decadência ideológica das classes dominantes e que tem se cristalizado enquanto a miséria da economia e aprofundado a economia da miséria.