Um revolucionário em mutação: o jovem Lukács e a crítica da sociedade burguesa (1904-1916)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Andrade, Rafael de Almeida [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257913
Resumo: A presente pesquisa pretende discutir a trajetória política e intelectual do filósofo húngaro György Lukács no período de 1904-1916, também conhecido como de formulação de juventude do autor. Seu período pré-marxista é muitas vezes apontado como causa dos equívocos de Lukács, porém, a nosso ver, a trajetória do autor lhe confere um papel único tanto na renovação do marxismo, como no desenvolvimento teórico-filosófico do século XX. A recusa dos valores burgueses em sua rebeldia inicial está na base das formulações que o jovem autor elabora. Lukács identifica e vivencia a crise social, cultural e ética da sociedade burguesa, em especial, a sociedade húngara a partir do dualismo do império Austro-Húngaro. A produção de juventude lukácsiana é um pensamento vivido levado até as últimas consequencias que logo se desdobra em crítica ao seu ponto de vista anterior, dessa maneira, nosso objetivo geral é captar esse processo de sedimentação teórico, político e filosófico lukácsiano como um processo em constante mutação que se estabelece a partir de uma unidade de continuidade-descontínua. Nosso objetivo específico é, a partir de uma leitura imanente da produção juvenil de Lukács e revisão bibliográfica, compreender como se estrutura sua crítica à sociedade burguesa no período de 1904-1916, a partir da sua não reconciliação com a realidade.