Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Silva Filho, Antonio Vieira da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-31052012-121952/
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Resumo: |
Este trabalho tem como ponto de orientação a relação da Teoria do romance de Lukács com a filosofia da arte de Hegel. O confronto com Hegel se coloca como tentativa de aclarar conceitualmente as relações da obra do jovem Lukács com as suas categorias estético-filosóficas, na medida em que essas últimas apontam para o problema da arte na experiência moderna. A relação entre as duas reflexões estéticas se apresenta entrecortada pelos diálogos do autor húngaro com o círculo weberiano historicista, que evidenciam certa divergência da Teoria do Romance com os Cursos de Estética de Hegel. O trabalho busca mostrar um conflito interno à Teoria do romance entre a perspectiva histórico-dialética, que demarca a retomada por Lukács da unidade hegeliana entre forma artística e conteúdo histórico, e o uso metodológico, de inspiração antidialética, do método típico-ideal, que se constitui a partir do corte epistêmico entre os planos dos conceitos e o da realidade. Esse conflito tem como ponto de partida a divergência de Lukács acerca da valoração positiva por Hegel da experiência moderna, valoração que se articula ao diagnóstico hegeliano do fim da arte como forma de exposição da verdade moderna e sua substituição pela verdade mediada da filosofia, capaz de apresentar a liberdade moderna como experiência de totalidade figurada no Estado. Lukács, com Hegel, aponta o princípio da subjetividade como fundamento constitutivo da modernidade e do romance. O romance, contudo, em oposição a Hegel, é entendido como a exposição verdadeira da nova relação do homem com a liberdade. Isto se dá porque, segundo Lukács, o princípio constitutivo da subjetividade romanesca coincide com a experiência fragmentada do mundo moderno. A liberdade subjetiva demarca, como para Hegel, uma experiência do homem que rompe com as experiências pré-modernas. Ela permanece todavia, para Lukács, caracterizada pela fragmentação, pelo isolamento do homem em relação às estruturas sociais. A totalidade do romance, assim, é entendida, por ele como a expressão do caráter formal da busca de superação da fragmentação pelo sujeito isolado da modernidade. |