Crenças sobre o falante nativo de língua inglesa no contexto teletandem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Alves, Lizandra Caroline [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/211019
Resumo: Este estudo fundamenta-se nas ações do Teletandem, um contexto virtual, autônomo e colaborativo de ensino e aprendizagem entre falantes de diversas línguas, conforme proposto por Vassallo e Telles (2006). A internet, nesse contexto, possibilita suplantar barreiras diversas (geográficas, econômicas) e propiciar um contato entre falantes de diferentes línguas, sendo o inglês a língua mais usada no contexto da FCLAr. Há muitas crenças acerca do ensino e aprendizagem de línguas (BARCELOS, 2001, 2004a, 2006, 2007; SILVA, 2010, 2011), sendo uma delas o falante nativo como modelo ideal para o aprendiz de língua (SCHMITZ, 2012; ANJOS, 2016; DAVIES, 2004, 2013; COOK, 1999; MOUSSU; LLURDA, 2008). Esta pesquisa se volta às crenças que os participantes brasileiros, no contexto do Laboratório de Idiomas da FCLAr, têm sobre o falante nativo de inglês. Dessa forma, busca-se responder às seguintes perguntas: a) Quais são as crenças que os interagentes brasileiros têm sobre o falante nativo de língua inglesa no contexto do teletandem da FCLAr; e b) Como se caracteriza o falante nativo de língua inglesa segundo esses interagentes? Tratase de um estudo qualitativo descritivo e interpretativista. Os dados foram coletados por meio de questionários, gravações de vídeo das interações e entrevistas. Em seguida, foram organizados e categorizados de maneira temática e analisados em conformidade com Dörnyei (2007). A análise de dados mostrou que, neste contexto, o falante nativo: a) é visto como um atrativo para o participante; b) um sujeito idealizado que pode validar o conhecimento do aprendiz sobre sua língua-alvo; c) um sujeito idealizado que pode despertar emoções no aprendiz diante da possibilidade de interagir com um falante nativo da língua-alvo; d) um sujeito idealizado que pode agir como árbitro de sua língua e parâmetro para o aprendiz; e e) um sujeito idealizado que pode ter papel de destaque no processo de aprendizagem do interagente. Quanto à sua característica mais distintiva, segundo os participantes de pesquisa, o traço definidor do falante nativo é a sua língua materna, ou seja, a língua por meio da qual ele interagiu pela primeira vez com o mundo ao seu redor (aprendizagem desde muito jovem). Os resultados mostraram que é desejável fomentar discussões sobre o papel do falante nativo para o aprendiz de línguas em teletandem, a fim de promover reflexões que possam auxiliá-lo em seu processo de aprendizagem, por meio da valorização e reconhecimento de suas próprias habilidades, mitigando as chances de sentimentos de fracasso e decepção por não atingir o desempenho considerado ideal que vem sendo atribuído ao falante nativo idealizado.