Patogenicidade e imunogenicidade de isolados clínicos do complexo Paracoccidioides brasiliensis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pereira, Beatriz Aparecida Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181206
Resumo: Introdução. A correlação entre gravidade da paracoccidioidomicose e patogenicidade e imunogenicidade dos fungos causadores tem sido pouco investigada e foi o objetivo deste estudo. Metodologia. As cincos cepas Pb192, Pb234, Pb326, Pb417 e Pb531 foram identificadas pelo seqüenciamento da região Exon 2 da gp43. A patogenicidade foi determinada pelo cálculo da dose letal 50% (DL50%) e pela contagem do número de unidades formadoras de colônias, realizada na sexta semana pós-infecção de camundongos BALB/c. A imunogenicidade foi determinada pela avaliação da resposta imune humoral específica, utilizando-se a reação de imunodifusão dupla em gel de ágar e da imunidade celular, determinada pela concentração das citocinas interleucina -2, interleucina-10, interferon-γ, fator de necrose tumoral – α e do fator de crescimento do endotélio vascular, em tecido pulmonar. Quatro amostras clínicas foram recém-isoladas de pacientes com paracoccidioidomicose, provenientes da Região de Botucatu - os isolados Pb234 e Pb417, de pacientes com a forma crônica moderada; o Pb326 de um caso com a forma aguda grave; e o Pb531, de um caso com a forma crônica grave. As demais cepas Pb192, Pb01 e 8334 foram cedidas pelo laboratório de Moléstias infecciosas. Resultados. As cepas Pb417 e Pb326 agruparam-se às cepas identificadas como P. brasiliensis S1a, a Pb531 às P. brasiliensis S1b e as cepas Pb234 e Pb192 às cepas depositadas como P. restrepiensis (PS3). Os resultados demonstraram correlação direta entre patogenicidade do isolado e gravidade da doença. Os menores valores de DL50% foram observados em isolados dos casos graves da doença, Pb531 e Pb326. A cepa Pb531 foi considerada de alta virulência, Pb326 de virulência intermediaria e os outros isolados Pb192, Pb234, Pb417, Pb01, 8334 de baixa virulência. Os níveis séricos de anticorpos só foram detectadas nos animais infectados com a cepa Pb326 na sexta semana pós-infecção. Nos dois primeiros estágios, 2ª e 4ª semana de infecção, observou-se uma distribuição razoavelmente uniforme da concentração pulmonar de citocinas e do fator de crescimento do endotélio vascular; porem, a 6ª semana observou-se evidente predomínio da interleucina-10, com pequenas variações entre isolados. Conclusões. Observou-se correlação direta entre patogenicidade do isolado e gravidade do paciente e grande semelhança de imunogenicidade dos isolados; P. restrepiensis também se encontra na Região de Botucatu (Brasil) e não apenas na Colômbia.