Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lima, Lilian Tigre |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153249
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Resumo: |
O presente trabalho de Mestrado propõe um novo olhar para a relação de José de Alencar com o seu leitor. Em termos mais específicos, o objetivo deste trabalho foi debater em que medida a leitura de Honoré de Balzac no Brasil, um dos modelos do Alencar urbano, antecede a leitura de José de Alencar, como se tem pensado, e, em que medida, o romancista brasileiro, ao se apropriar dessa literatura ainda desconhecida pelo público de língua portuguesa por aqui, contribui para a criação e educação do “gosto” dessa parcela do público leitor de romances. Para se chegar à confirmação dessa hipótese inicial, a pesquisa tem se debruçado sobre dois eixos de investigação. No primeiro deles, centrado nos aspectos literários propriamente ditos, analisa-se, a partir dos romances Eugénie Grandet (1833), de Balzac, e Senhora (1875), de Alencar, os esforços do escritor brasileiro por extrapolar a técnica do mestre francês no que diz respeito ao tratamento dos dramas humanos, bem como o empenho do romancista no que diz respeito à compreensão e ficcionalização do quadro social brasileiro oitocentista. No segundo e principal eixo deste trabalho, por sua vez, as atenções são voltadas para as fontes primárias, tais quais primeiras edições, cuja análise abre novos caminhos para o conhecimento dos modos de produção, divulgação e recepção da literatura no período, e, consequentemente, para uma compreensão mais diversificada da História Cultural brasileira desse mesmo período. Colocando em cheque o conceito de fonte e de influência, a dicotomia entre periferia e centro, bem como a ideia convencional de atraso, este trabalho, ao posicionar José de Alencar no centro da formação de um público, convida a se repensar o papel do escritor também na formação de um sistema literário no Brasil, mostrando que muito se ganha ao tornar prismática a ideia de que o contato do leitor brasileiro com os romances europeus preexistiu à leitura dos romances nacionais. |