Fazendo retratos e experimentos: a performance da linguagem em Lygia Bojunga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Ando, Marta Yumi [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/106319
Resumo: Na presente pesquisa, realizamos uma leitura de duas narrativas ficcionais de Lygia Bojunga Nunes: Fazendo Ana Paz (1991) e Retratos de Carolina (2002). Na análise empreendida, verificamos alguns procedimentos experimentais relacionados ao fazer metalinguístico, operacionalizados pela autora em seu laboratório poético, a saber: a corporalidade verbovisual, a manipulação da linguagem poética e a construção do foco narrativo. Antes, porém, de nos determos em tais procedimentos, apresentamos dados sobre a autora e sua obra e colocamos em evidência a fábula das narrativas selecionadas e suas respectivas temáticas. Para a análise dos recursos experimentais mencionados, tomamos como fio condutor a noção de performance, em função da natureza metalinguística agenciada nessas narrativas, em que o dizer constantemente coincide com o fazer. É tendo isso em vista que analisamos o fazer escritural lygiano, considerando os seguintes aspectos: performance gráfica, performance linguística e performance enunciativa. Dando início ao exame desses recursos, detivemo-nos na estruturação verbo-visual, por meio da qual o texto, literalmente, se mostra, configurando inusitadas formas de interação entre texto e leitor. Em seguida, examinamos a manipulação da linguagem poética, levando em consideração a noção de jogo e os efeitos produzidos no leitor. Finalmente, analisamos a enunciação narrativa, em seus aspectos relacionados à articulação das vozes discursivas e à dramatização. Em relação ao primeiro aspecto, verificamos os modos como se opera a fusão e alternância de vozes no discurso; quanto ao segundo, em um primeiro momento, voltamos a atenção para a presentificação dos eventos narrativos e, a seguir, analisamos o caráter mostrativo dos signos em sua construção dêitica, em que se privilegia, no processo compositivo, o aqui-e-agora da enunciação