Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Furlan, Lívia Maria de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/237359
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Resumo: |
Sebastião Salgado é referência mundial pela sua fotografia social, que historicamente retratou pessoas em situações de pobreza, miséria, em tragédias e em movimentações da sociedade que influenciaram as migrações humanas no globo terrestre. Dessas histórias, originaram-se obras como Êxodos, a qual, quando terminada sua produção, levou Salgado à depressão. Por isso, o fotógrafo e sua esposa, Lélia, voltaram para Aimorés (MG), a fim de cuidar da antiga fazenda dos pais de Salgado. Ali, viu a degradação ambiental. Uma terra tão doente quanto ele mesmo estava. Foi sua esposa quem teve a ideia de reflorestar a Mata Atlântica naquele pedaço de terra assoreado e sem vida. Criou-se o Instituto Terra e, junto com ele, Sebastião Salgado obteve a cura para sua depressão. Deste modo, fotografou 32 reportagens durante oito anos, retratando o que ainda há de puro ecologicamente no mundo. As fotografias deram origem à obra Gênesis. A partir desse conhecimento, a presente pesquisa questionou como teria ocorrido a mudança de olhar do fotógrafo de Êxodos para Gênesis e o que mudou na hora de Salgado fazer fotografia. O objetivo foi o de descobrir se, através da aproximação do fotógrafo com o objeto a ser registrado, a fotografia teria a capacidade de construir uma transformação no agente fotográfico. Para isso, utilizou-se o levantamento bibliográfico e a entrevista aberta em profundidade para aprofundar o conhecimento sobre o Salgado e suas obras. E, para análise das fotos, usou-se a metodologia das conotações, híbrida das teorias de Barthes (2000) e Eco (1997). Esse método se fez necessário para decompor as fotografias em seus elementos e analisá-los de modo a interpretar suas conotações e compreender as alterações do fotógrafo em seu trabalho. Os resultados obtidos enfatizam a mudança vivida por Sebastião graças ao seu contato com a natureza através do Instituto Terra; a essência de suas fotografias; e mantém o questionamento sobre o paradigma da aproximação entre jornalistas e seus objetos de trabalho. |