Fotografia e cultura da exploração: uma leitura geográfica de Gênesis, de Sebastião Salgado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Lara D assunção dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13421
Resumo: O processo fotográfico iniciou-se durante o século XIX e, desde então, em virtude de sua característica verossimilhante, mudou a forma de fazer ciência. Contemporâneo da institucionalização da geografia, a ele foi dado uma gama de papéis, dentre os quais, ferramenta de exploração, tecnologia de propaganda e educação. Motivada pela vasta contribuição da fotografia à ciência geográfica, esta pesquisa apropria-se de um álbum fotográfico elaborado por um brasileiro: Gênesis, de Sebastião Salgado. O autor do livro viajou durante oito anos por quase todos os continentes conduzido pela ideia de fotografar lugares que ainda se encontram praticamente intocados, tal como no dia do Gênesis. No entanto, o que tornou Sebastião Salgado um dos fotógrafos mais consagrados do mundo foi justamente o oposto. Suas imagens retratavam a espécie humana fadada a um triste fim. Diante dessa aparente inflexão em sua carreira e, levando em consideração que o álbum foi elaborado em pleno século XXI, quando todos os territórios já foram desbravados, mapeados e quiçá, monitorados, esta dissertação analisará Gênesis à luz das práticas científicas que vincularam geografia, exploração e fotografia no final do século XIX e início do século XX. Todo o aparato envolvido na produção, no consumo e na circulação serão levados em consideração como forma de apontar sobrevivências (afterlife) da cultura da exploração na referida obra de Sebastião Salgado.