Frutas do bioma Amazônia: caracterização físico-química e efeito da ingestão sobre os parâmetros fisiológicos em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Seixas, Fernanda Rosan Fortunato [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151246
Resumo: O Bioma Amazônia apresenta uma grande diversidade frutífera, aproximadamente 200 espécies, destas majoritariamente prevalencem a escassez de dados técnicos científicos principalmente de caracterização físico-química, potencial nutricional e de benefícios à saúde. Os objetivos deste trabalho foram avaliar as características físico-químicas das polpas das frutas de araçá-boi (Eugenia stipitata), abiu (Pouteria caimito) grande, araticum (Annona crassiflora), biri-biri (Averrhoa bilimbi L.) e mangostão amarelo (Garcinia xanthochymus), obtidas em diferentes safras, e os efeitos do consumo destas polpas sobre os parâmetros hematológicos, metabólicos, de toxicidade hepática e renal em ratos. As polpas das frutas foram procedentes da cidade de Cacoal, Rondônia (Amazônia Ocidental). Os parâmetros físico-químicos avaliados foram sólidos solúveis, acidez total titulável, pH, açúcares redutores, açúcares não redutores e totais, ácido ascórbico, umidade, cinzas, lipídios, proteína, cor, compostos fenólicos totais e atividade antioxidante total. Nos ensaios biológicos foram utilizados 60 ratos machos Wistar albinos, adultos, que receberam doses diárias de 0,3214 mL de polpa/100 g de massa corpóreo durante 30 dias (efeito sub-crônico) por intubação gástrica e após este período realizadas as análises de hematócrito total, leucócitos totais, glicemia, triacilglicerois e colesterol total, transaminase glutâmica oxalacética citoplasmática (TGO) e transaminase glutâmica pirúvica citoplasmática (TGP), uréia e creatina. Os parâmetros físico-químicos do araçá-boi, abiu grande, araticum, biri-biri e mangostão amarelo diferiram (p ≤ 0,05) entre as safras avaliadas. A polpa de araçá-boi foi caracterizada de coloração amarelada e opaca, ácida, com alto teor de umidade e baixos teores de açúcares, sólidos solúveis, cinzas e lipídios, com presença de compostos fenólicos totais e atividade antioxidante. A ingestão desta polpa por ratos promoveu uma tendência à redução do colesterol. A polpa de abiu grande foi caracterizada por cor amarelada e opaca, levemente ácida, com alto teor de açúcares e sólidos solúveis e baixo teor de lipídios, ácido ascórbico, proteína, compostos fenólicos totais e de atividade antioxidante total. Nos ensaios biológicos, foi observado que sua ingestão promoveu uma redução significativa dos leucócitos totais, sem ocasionar danos hepático e renal em ratos. A polpa de araticum foi caracterizada como de cor amarelada e opaca e ácida, com alto teor de açúcares e umidade, e baixo teor lipídico, protéico e de ácido ascórbico, além de maiores teores de compostos fenólicos totais e atividade antioxidante total quando comparado as demais polpas estudas. A sua ingestão promoveu redução de leucócitos e aumento dos triacilgliceróis, além de uma tendência a reduzir a glicemia e aumentar o hematócrito e colesterol em ratos. A polpa de biri-biri foi caracterizada com cor esverdeada e opaca, com baixo teor de acidez, lipídios, proteína, açúcares, compostos fenólicos totais e atividade antioxidante total. Sua ingestão promoveu um aumento significativo de TGO, ocasionando danos hepáticos e indícios de danos renais em ratos, pela tendência ao aumento da uréia, não sendo seguro seu consumo principalmente por nefropatas. A polpa de mangostão amarelo foi caracterizada por cor amarelada e opaca, com baixo teor de acidez, lipídios e proteína, e alto teor de umidade. A polpa apresentou teores médios de compostos fenólicos totais e atividade antioxidante total. Sua ingestão não apresentou alterações significativas nas análises bioquímicas realizadas neste estudo em ratos.