Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pedroso, Raquel Cristina Ribeiro [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/136199
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Resumo: |
Qualquer estudioso da obra de Machado de Assis conclui, após um longo exame da fortuna crítica, que notáveis duelos perduraram, na tentativa de se estabelecer a melhor interpretação da obra machadiana. Porém, poucas vezes se observou a iniciativa de explorar a fundo os fatores, as imagens, as situações que conformam os impulsos e emoções humanas detectadas pelo autor para representar o homem em seu tempo. Nesse sentido, nosso trabalho se preocupa com o entendimento da crítica voltada para a valorização de duas vertentes: a composição de um ethos narrativo, e a forma pela qual as emoções humanas são representadas na elaboração de personagens machadianos antes da sistematização da Pscicanálise. Buscamos apoio teórico em interpretações mais recentes, na fortuna crítica e nos estudos de fundo filosófico, sem esquecer o fato de que há uma tradição no tratamento das “máscaras sociais” na ficção de Machado inaugurada por Augusto Meyer e bem desenvolvida por Alfredo Bosi. Revisitamos os moralistas franceses dos séculos XVII e XVIII e os pensadores políticos modernos para a reflexão de que Machado elaborou “moralidades” decorrentes de sua observação social. O autor soube demonstrar configurações subjetivas que por meio de situações de “composição das emoções” são capazes de delimitar o espaço entre o que se diz (ou se mostra de si mesmo) e o que se cala (ou se dissimula). As inovações machadianas são investigadas neste trabalho pela a análise de Helena (1876), e representam um salto sobre o romance romântico, o realista e o naturalista com personagens em situações que colocam em jogo as escolhas dos sujeitos, suas densidades, suas motivações e seus impulsos, evitando a condução das atitudes exclusivamente pelas forças externas. |