Manutenção do exercício físico por indivíduos com pré-diabetes e diabetes durante a pandemia de COVID-19, após a conclusão de um programa de exercícios estruturado: percepções, motivos e adesão
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico-Funcional
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Departamento: |
Faculdade de Fisioterapia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00380 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13773 |
Resumo: | O exercício físico é elemento fundamental no tratamento de pessoas com diabetes, sendo recomendado a realização semanal de pelo menos 150 minutos de exercícios aeróbicos de intensidade moderada e 2 a 3 sessões de exercícios de resistência muscular. Embora os benefícios da prática regular de exercício sejam bem estabelecidos na literatura, cerca de 60% a 70% da população com diabetes é considerada insuficientemente ativa. Diante do cenário da pandemia de COVID-19, os malefícios da inatividade física ganharam ainda mais atenção. Este trabalho objetivou (1) analisar o comportamento de indivíduos com pré diabetes e diabetes em relação ao exercício físico em meio a pandemia de COVID-19, após conclusão de um programa de exercícios estruturado entregue parcialmente de forma remota , levando em consideração as suas percepções acerca das condições de vida, adesão ao exercício orientado, barreiras e facilitadores para a sua prática em ambiente domiciliar, e os motivos que sustentaram a prática daqueles que se mantiveram fisicamente ativos, bem como (2) compreender, a partir do ponto de vista dos indivíduos, as percepções, experiências e perspectivas sobre tratamento de saúde por meio das tecnologias digitais. As variáveis do estudo foram coletadas por meio de um roteiro desenvolvido pela equipe de pesquisa, da Escala de Avaliação de Adesão ao Exercício (EARS-Br), da Escala de Motivos para a Prática de Atividade Física Revisada (MPAM-R) e da realização de um grupo focal online. A amostra do estudo foi composta por 15 indivíduos (8 mulheres, 58 ± 11 anos). A análise dos dados quantitativos foi realizada por meio do cálculo de distribuições de frequência e de medidas de tendência central e dispersão. A análise dos dados qualitativos foi realizada a partir de metodologia de análise de conteúdo temática. Embora a maioria dos participantes tenha relatado percepções positivas sobre sua condição de vida e poucas dificuldades para a manutenção da prática de exercícios físicos em casa, as pontuações alcançadas na EARS-BR revelaram que apenas metade deles aderiram ao exercício físico conforme as orientações recebidas. A maioria dos participantes lidou bem com sua condição de saúde durante a pandemia e relatou poucas dificuldades em se manter fisicamente ativo em casa, motivado principalmente por preocupações com a saúde. A falta de espaço adequado foi a barreira mais significativa para o exercício em casa. A flexibilidade de horário, a não necessidade de deslocamento e o maior senso de autonomia foram os principais facilitadores para a manutenção da atividade física. Sete participantes compareceram ao grupo focal online (4 mulheres, 54 ± 11 anos). Após análise da transcrição da discussão, emergiram 4 categorias temáticas: 1) Compreensão sobre cuidados com a saúde, 2) Pontos positivos e negativos da telessaúde, 3) Relação entre profissional e paciente: “tem que ter uma certa conexão” 4) O mundo digital: “temos que nos adaptar, veio pra ficar”. A telessaúde foi uma ferramenta bem aceita, e os principais benefícios percebidos foram em relação a otimização de tempo no que diz respeito ao deslocamento e a filas de espera. O manuseio das tecnologias e a falta da convivência entre profissional e paciente foram as dificuldades mais citadas |