Quando a creche é espaço educativo, todos educam: as equipes de apoio em contextos de educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Salomão, Guilherme Trevizoli [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97664
Resumo: Esta dissertação foi realizada na área de conhecimento Psicologia e Sociedade, dentro da linha de pesquisa Infância e Realidade Brasileira, no programa de Pós Graduação em Psicologia da Universidade Estadual Paulista – campus de Assis. Em nossa cultura, a tarefa de educar e cuidar de crianças é vista como um comportamento ou uma função natural da mulher. Esta idéia contribuiu para a delimitação dos espaços e das práticas profissionais femininas, contaminando a identidade profissional das trabalhadoras de creche com a figura doméstica e as práticas da maternagem. Entretanto, essa e tantas outras tarefas e características atribuídas como naturais à mulher foram construídas ao longo da história da nossa cultura e da nossa sociedade. A partir da regulamentação da Lei de Diretrizes e Bases, em 1996, as creches no Brasil passaram a compor formalmente, junto com as pré-escolas, a Educação Infantil – primeira etapa do sistema educacional brasileiro. Contudo, a literatura tem revelado a permanência de uma compreensão assistencialista de creche, acompanhada por práticas baseadas no senso comum, na maternagem inata e na desprofissionalização das pessoas (geralmente mulheres) que aí atuam. Neste sentido, têm surgido diversos trabalhos acadêmicos voltados para a superação deste quadro, especialmente quanto à formação de educadores para estes contextos. Porém, além dos educadores formais, as instituições educacionais públicas contam com equipes de auxiliares (cozinheiras, serventes, técnicos de enfermagem, entre outros) que, pela natureza do seu trabalho, interagem com as crianças pequenas em diversas situações cotidianas. Esses contatos não se restringem às suas funções precípuas e atendem às necessidades imediatas das crianças: conversam, transmitem valores e saberes, tornando-se...