Impacto da interação mãe-criança e da experiência e creche para o desenvolvimento infantil nos dois primeiros anos de vida da criança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Becker, Sheila Machado da Silveira
Orientador(a): Piccinini, Cesar Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/130487
Resumo: O presente estudo teve como objetivo investigar o impacto da interação mãe-criança e da experiência de creche para o desenvolvimento infantil nos dois primeiros anos de vida da criança. Participaram do estudo 44 crianças (M=6,4 meses; DP=1,6) e suas mães (M=34,1 anos; DP=5,2) divididos em dois grupos: Grupo Creche (21 crianças que frequentavam a creche) e Grupo Não Creche (23 crianças que não frequentavam a creche). As mães de ambos os grupos apresentavam alta escolaridade (M=17,6 anos; DP=) e renda familiar média de R$ 8.307,95 (DP=6.157). Foram realizadas três fases de coleta de dados (Fase dos 6, 12 e 18 meses de vida). As díades mãe-criança foram filmadas durante interação livre quando se examinou a qualidade da interação através do Maternal Behavior Q-sort, enquanto o desenvolvimento infantil (cognitivo, da linguagem, socioemocional e motor) foi avaliado através das Escalas Bayley III. Por fim, a qualidade da creche foi avaliada pela escala Infant/Toddler Environment Rating Scale. Os resultados revelaram que a escolaridade da mãe se correlacionou positivamente com alguns domínios de interação mãe-criança: Sensibilidade, Eficácia de resposta e Sincronia nas fases dos 12 e 18 meses. No que diz respeito ao impacto da creche para o desenvolvimento infantil, verificou-se um efeito significativo da creche apenas para o desenvolvimento motor, indicando que as crianças que frequentaram a creche tiveram escores mais elevados na Fase dos 18 meses. Ainda com relação à creche, verificou-se que frequentar ou não a creche não interferiu na qualidade da interação mãe-criança. Além disso, os resultados revelaram que alguns domínios da interação mãe-criança mostraram-se significativamente associados ao desenvolvimento infantil, entre eles: Estar ciente dos sinais do filho, Rejeição e Facilitação da exploração e aprendizagem, sendo que os dois primeiros interferiram de forma negativa no desenvolvimento cognitivo aos 18 meses. Já Facilitação da exploração e aprendizagem pareceu beneficiar o desenvolvimento cognitivo aos 18 meses, além de apresentar associação positiva com desenvolvimento da linguagem e desenvolvimento motor. Por fim, verificou-se que a qualidade da interação mãe-criança e frequentar ou não a creche, explicaram apenas uma pequena parte da variância do desenvolvimento infantil. É plausível se supor que isto tenha ocorrido em função do curto tempo investigado e pela própria idade das crianças participantes do estudo.