“Será que eu tô gostando de mulher?”: tecnologias de normatização e exclusão da dissidência erótica feminina no interior paulista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Toledo, Lívia Gonsalves [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/105610
Resumo: A partir de uma perspectiva pós-estruturalista de entendimento das subjetividades em processo de permanente construção, essa pesquisa propõe problematizar como se articulam o desejo (DELEUZE, 1975, 1995; GUATTARI; ROLNIK, 1996), entendido como vontade de potência (NIETZSCHE, 2011), e as tecnologias de normatização e opressão sobre pessoas de biocorpos femininos que vivenciam o erotismo dissidente da heteronormatividade residentes no interior do Estado de São Paulo, na região da cidade de Assis. Tendo em vista o uso de gênero como categoria analítica (SCOTT, 1986/2003; RUBIN, 1975/2003, 1989; LAURETIS, 2000; PRECIADO, 2008, 2009), foram produzidas dez Narrativas de Histórias de Vida de pessoas que se inserem nessa categoria existencial subalterna, com faixa etária variando entre 19 e 48 anos, buscando uma população heterogênea nos eixos geracional, bem como em relação às categorias de classe, cor/raça/etnia e nível de escolaridade. As Narrativas nos permitiram adentrar em um campo subjetivo e concreto, visando apreender seus processos de subjetivação relacionando seus desejos aos registros sociais de (in)visibilidade e exclusão. Na Pesquisa Narrativa (CLANDININ; CONNELLY, 2000), objetiva-se elucidar como uma vida, ou parte dela, permite reconstituir processos históricos e socioculturais. Assim, os focos de análise foram: as relações infrapessoais, pessoais e interpessoais, em instituições como a família e a escola, bem como nas formas e estratégias de ação dessas pessoas em um contexto dominado pelo regime heteronormativo. Foram evidenciadas as principais tecnologias de invisibilização e os principais modos de normatização e opressão que agem sobre a dissidência erótica feminina que, diante dos sistemas de opressão pela feminilização de seus corpos e pela instituição da...