Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Kveller, Daniel Boianovsky |
Orientador(a): |
Nardi, Henrique Caetano |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/235461
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Resumo: |
Esta tese estabelece uma crítica do progresso e do orgulho, entendidos como imperativos complementares, indissociáveis e fundamentais para a operação de um dispositivo crononormativo no campo das dissidências sexuais. Além de apontar as consequências dessa normalização em termos institucionais e subjetivos, discute como a experiência de outras temporalidades e afetos pode levar a compreensões alternativas sobre o ato de dissentir. Para tanto, são analisadas três narrativas artísticas que enlaçam questões de gênero/sexualidade, temporalidades não-lineares e afetos distintos do orgulho. A introdução explica em maior detalhe como operam os imperativos do progresso e do orgulho, tanto à nível individual quanto coletivo, e argumenta que debater esse tema é fundamental em tempos marcados por homonormatividades, homonacionalismos e cosmopolitismos gays. O capítulo 2 apresenta os principais alicerces teóricos e metodológicos da pesquisa, sintetizando as principais contribuições dos chamados “giro temporal” e “giro afetivo” para os estudos queer. O capítulo 3 articula um diálogo entre a compreensão psicanalítica do trauma, a teoria da performatividade de gênero e O fim de Eddy, livro autobiográfico de Édouard Louis. No capítulo 4, os trabalhos e diários de José Leonilson conduzem uma reflexão sobre a vergonha, a melancolia e os espectros da Aids que assombram o momento de “desdramatização” da epidemia. O quinto capítulo trata de utopias e utopianismos em Corpo Elétrico, filme dirigido por Marcelo Caetano e lançado em 2017. Por fim, o epílogo apresenta uma análise sobre o lugar da felicidade e da tristeza em uma era marcada por relativa visibilidade e reconhecimento. Mais do que propor novas leituras das obras analisadas, o objetivo geral desta tese é assinalar aquilo que reiteradamente desafia interpretações. Entende-se as hesitações, impasses e paradoxos como instâncias de sobrevivência e resistência queer a processos de normalização operantes mesmo em um campo que se autodenomina “dissidente". |