Efeito do ácido mefenâmico sobre a mobilidade embrionária em éguas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Andrade, Veridiana De Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154853
Resumo: Na espécie equina, o embrião se movimenta no útero entre os dias 9 e 16 após a ovulação, o concepto apresenta uma forma esférica e se move constantemente no lúmen uterino mediante contrações miometriais, produzidas por estimulação química da vesícula embrionária. O deslocamento embrionário durante este período é essencial para o reconhecimento materno da gestação. Este longo período de estímulo garante que o embrião produza sinais anti-luteolíticos no endométrio, evitando a luteólise. Após 17 dias, a vesícula embrionária cessa a mobilidade e ocorre a fixação em um dos cornos. Durante a mobilidade, o embrião produz prostaglandinas PGE-2, PGF-2α e PGI-2. Se houver uma falha durante a migração embrionária, o reconhecimento materno da gestação pode ser afetado e consequentemente há lise do corpo lúteo, resultando na perda precoce da prenhes. O uso do anti-inflamatório flunixin meglumine imediatamente após a transferência do embrião é amplamente utilizado para prevenir uma reação inflamatória local, a luteólise e a perda embrionária precoce. No entanto, de acordo com a literatura, o ácido mefenâmico causa menos efeitos sobre a mobilidade embrionária e aumenta as taxas de gestação. O objetivo deste estudo foi elucidar o efeito do ácido mefenâmico sobre a mobilidade embrionária em éguas. Foram selecionadas 10 éguas para o estudo. Após a confirmação da gestação com ultrassom transretal, a mobilidade embrionária foi avaliada por ultrassonografia em série (a cada 5 minutos) durante 1 hora. Este exame foi considerado como momento controle. As éguas receberam 1,5g de ácido mefenâmico por via oral. O segundo exame de ultrassonografia em série foi realizado 2 horas após administração, quando o fármaco atingiu a concentração máxima sérica. Após 24 horas da ação da administração do medicamento, a terceira avaliação foi realizada para verificar os efeitos residuais. O momento controle resultou em um valor médio de 6,0 ± 0,3 movimentos por hora (m/h) de avaliação. Após o tratamento com o ácido mefenâmico, os embriões apresentaram 2,7 ± 0,3 m/h e 24 horas 5,2 ± 0,4 m/h. Podemos concluir que o ácido mefenâmico afetou a mobilidade embrionária, mas não causou efeitos remanescentes as 24 horas após a administração.