Literatura e debate pós-colonial em A história do bando de Kelly, de Peter Carey

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Pereira, Aline Storto [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99112
Resumo: O escritor australiano Peter Carey promove, em seu romance True History of the Kelly Gang, cuja primeira publicação ocorreu em 2000, a reinterpretação de um período histórico e também de um personagem da época, que se tornou uma figura forte na cultura australiana. A tradução desta obra foi publicada no Brasil em 2002 com o título A história do bando de Kelly. Esta dissertação tem como objetivo analisar os efeitos que o estabelecimento de uma colônia penal causou na cultura e na literatura australianas, e a utilização do texto literário - sobretudo esta obra de Carey - como espaço de debate sobre a identidade nacional e de questionamentos ou respostas à antiga metrópole. Para tanto, este trabalho traça, em primeiro lugar, um panorama da história da Austrália, até a época em que viveu Ned Kelly, um fora-dalei que se tornou herói popular e ícone nacional, e do desenvolvimento da literatura no país. Em segundo lugar, são analisados alguns aspectos deste romance, entre os quais a crítica ao sistema colonial britânico, a oposição centro-margem representada pelo conflito entre as autoridades e o bando de Kelly, e o uso da variante australiana do inglês. Desta forma, procuramos mostrar que, neste romance, parte da história da Austrália - em especial o período colonial e o sistema de degredo, cuja influência ainda se faz sentir nos dias de hoje - são problematizados e colocados em discussão.