Contribuição da Teoria Ator-Rede (T A-R) para o estudo da construção do conhecimento geográfico: uma leitura da introdução da New Geography no Brasil através da Sociologia das Associações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Candido, Jônatas Lima [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/136437
Resumo: A Teoria Ator-Rede (T A-R), também denominada Sociologia das Associações, é uma teoria social alternativa à Sociologia e foi criada na segunda metade dos anos 1980 a partir da Sociologia da Ciência. Segundo a T A-R, social é definido como efeito de redes tecidas pelas associações estabelecidas entre atores humanos e não humanos, que também são considerados atores sociais. A agência dos não humanos (objetos) e, portanto, seu reconhecimento como atores, deve-se à compreensão de que atores sociais são definidos enquanto tal na medida em que transformam, traduzem, distorcem e modificam o significado, ou os elementos que veiculam. Ou seja, quando atuam como mediadores. É a atuação dos objetos que permite às associações ampliarem-se no tempo e no espaço. A T A-R estende essa compreensão a todas as instituições, inclusive à Ciência. Assim, compreendendo o conhecimento geográfico dessa forma, a “renovação” da Geografia dos anos 1950 se apresenta como um processo de ordenamento da rede que constitui esse conhecimento, no qual as associações estabelecidas envolveram mediadores, muito além do campo disciplinar, e mesmo científico. O que permitiu a extensão das associações que resultaram na vertente quantitativa da Geografia para além do “mundo” anglo-saxão foi também a mobilização de “meios não sociais” (atores não humanos). No caso da “Nova Geografia” brasileira, tais meios foram representados pelos textos escritos e pelos computadores eletrônicos.