Ator-contador: a voz que canta, fala e conta nos espetáculos do Grupo Xama Teatro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Vasconcelos, Gisele Soares de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
voz
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-22092016-143149/
Resumo: O trabalho analisa os processos criativos da escritura do texto e escritura do corpo na rapsódia Minha Mãe Preta e nos espetáculos A Carroça é Nossa, A Besta Fera e As Três Fiandeiras, do grupo Xama Teatro. O grupo, com sede em São Luís, Maranhão, desenvolve seus espetáculos tendo como ponto de partida a arte de narrar. Nas produções artísticas do grupo ganha destaque a figura do ator-contador: aquele que canta, conta e fala, que reveza o narrador e a personagem, a primeira e a terceira pessoa. O ator-contador constrói seus passos a partir dos rastros dos rapsodos e griots, do sujeito épico, dos brincantes e narradores anônimos. Com o pé fincado na memória, na tradição e na oralidade, ele fala de si e também fala do outro; com o poder da palavra mescla histórias reais e ficcionais. Para a manifestação da figura do ator-contador são necessárias algumas condições. Entre elas: o uso de uma voz que evoca elementos ausentes; o pensamento do neutro que produz o espaçamento entre a fala e a ação; a noção do espectador como público-ouvinte; o uso de uma fala direta para o público; a criação autoral de obras com textos de vocação oral; a escrita de uma dramaturgia híbrida que mescla os modos épico, lírico e dramático; a inserção do dramaturgo-contador no processo de criação, de forma conjugada com os atores-contadores.