O direito na literatura em Camilo Castelo Branco e seu matricídio sem exemplo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Parra Filho, Raphael Hernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/242648
Resumo: Quando pensamos em Camilo Castelo Branco imediatamente vem Amor de perdição no nosso imaginário. Contudo, Camilo não é só o autor ultrarromântico como a maioria dos leitores o conhece e a crítica literária tradicional o classifica. O objetivo principal deste trabalho é mostrar uma face menos conhecida do autor e colorir os aspectos jurídicos inseridos neste pequeno, mas importante fragmento da sua obra literária. Com Maria, não me mates, que sou tua mãe!, um folheto de cordel, baseado em um fato real, que foi sua primeira narrativa e se tornou seu primeiro best-seller, Camilo demonstra a importância do uso do discurso sensacionalista para vender, por meio da confusão entre vida e arte, realidade e ficção. Através de um suposto matricídio usa sua imaginação para mostrar que o que está em volta do crime é tão ou mais importante que o próprio crime. E é neste cenário, por meio do delito e das consequências jurídicas que esse irá acarretar na narrativa, que trazemos à luz o Direito Penal e o Direito Processual Penal dentro da obra camiliana. Nesta confluência entre Literatura e Direito analisamos os aspectos literários da obra, sublinhamos o Direito e procuramos entender o porquê de um crime tão repugnante.