Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Ana Carolina Negrão Berlini de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/99091
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Resumo: |
O presente trabalho faz uma análise do diálogo intersemiótico estabelecido entre a obra literária Il Decameron (1348-1353), de Giovanni Boccaccio (1313-1375), e o filme homônimo, de Pier Paolo Pasolini (1922-1975), tendo como principal objetivo elucidar a transcriação artística operada por Pasolini, sobretudo no que diz respeito às construções metalingüísticas presentes no texto literário, que são cinematograficamente retomadas pelo cineasta. No texto sincrético, a metalinguagem está intrinsecamente ligada à poeticidade, seguindo os pressupostos teóricos do próprio Pasolini, expostos em Empirismo Eretico (2000). Os conceitos presentes nesse livro, como o famoso cinema de poesia ou a linguagem da realidade, norteiam a nossa escolha de outros teóricos, os quais nos auxiliam na tarefa de comprovar que tanto Boccaccio quanto Pasolini realizam operações metalingüísticas, sendo que as molduras narrativas por eles criadas explicitam a auto-reflexão acerca do fazer artístico, funcionando, desse modo, como marcas autorais. Assim, as duas versões de Decameron não se comunicam apenas pelo tema, mas pelo modo como as narrativas são estruturadas, pois Pasolini constrói a sua obra por meio de soluções cinematográficas que remetem à construção do discurso realizada por Boccaccio |