Os prejuízos culturais da esquizofonia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Marcos, Marcelo Haack de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/239414
Resumo: Pretendemos, na presente tese, buscar aproximações entre as ideias de Raymond Murray Schafer e as da Teoria Crítica da Sociedade de forma a traçar apontamentos propositivos para as aulas de música da rede pública de ensino. Mais especificamente, debatemos sobre o conceito de esquizofonia do autor canadense, suas implicações em relação à indústria cultural e, consequentemente, à semiformação e à possibilidade de uma proposta concreta de lidar com a questão no âmbito escolar, norteados pelos Estudos Rituais elaborados por Christoph Türcke. Para tanto, analisamos criticamente textos desses autores e dos conteúdos relativos à educação musical de dois documentos nacionais: a Base Nacional Comum Curricular e o Currículo Paulista. Por meio de reflexões filosóficas, sociológicas e sobretudo pedagógicas procuramos apresentar argumentos que apoiem as indicações de Schafer e de Türcke levando em conta, especialmente, a realidade brasileira. Assim, o objetivo geral é a busca por ações pedagógicas que, potencialmente, combatam os prejuízos sociais e culturais da esquizofonia. Para tanto temos como objetivos específicos: a análise do material curricular, a compreensão da visão dos professores acerca desses documentos e as reflexões acerca da base teórica. Fez-se necessária uma exposição sobre os conceitos que permeiam os estudos da teoria crítica da sociedade e aqueles discutidos por Schafer, a destacar: a paisagem sonora, a clariaudiência, a esquizofonia, a limpeza de ouvidos, o objeto sonoro, o ruído entre outros. Concluímos que os documentos são menos determinantes que a formação dos professores, tanto inicial quanto contínua. Daí a necessidade de investimentos massivos e bem direcionados à formação e valorização docente, além de direcionados à infraestrutura.