Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pereira, André Vitor Salinas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/215602
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Resumo: |
Lutas intraespecíficas para definição e manutenção da hierarquia em animais sociais podem ser muito custosas aos competidores. Por isso, algumas estratégias comportamentais que reduzem esses custos foram selecionadas. Uma delas é histórico de lutas, cujos indivíduos com experiência de vitórias apresentam maior chance de lutar e vencer, enquanto indivíduos perdedores apresentam propensão a evitar ou perder as lutas subsequentes (efeito vencedor/perdedor). Isso requer uma certa habilidade cognitiva que permita ao indivíduo interpretar e tomar decisões no ambiente social, ajustando suas respostas conforme experiências passadas (flexibilidade cognitiva). No presente trabalho testamos a relação entre o efeito vencedor/perdedor e a flexibilidade cognitiva através de um teste de controle inibitório. Nossa hipótese foi que indivíduos perdedores apresentam um melhor controle inibitório, uma vez que estariam com um padrão comportamental mais voltado à inibição. Para isso, utilizamos 95 machos revertidos de tilápias-do-nilo (Oreochromis niloticus) que classificados em cinco grupos experimentais independentes, após serem pareados com oponentes: 1. os que vencerem duas lutas seguidas (N=19); 2. os que perderem duas (N=19); 3. os que ganharam a primeira luta e perderem a segunda (N=19); 4. os que perderam a primeira luta e ganharam a segunda (N=19); 5. os que empataram (N=19). Os peixes foram então submetidos ao teste do desvio (detour reaching task), que consiste em treinar os peixes a buscar alimento atrás de uma barreira opaca e, em seguida, testá-los com uma barreira transparente. Espera-se que o peixe evite atravessar diretamente pela barreira transparente para conseguir a recompensa, desviando da mesma a partir da lembrança do desvio na barreira opaca, demostrando um controle inibitório. Foram quantificadas as seguintes variáveis: latência para realizar o desvio, para se alimentar, tempo gasto em frente a barreira na zona incorreta, número de batidas na barreira e o sucesso em realizar o desvio sem bater na barreira transparente. Os dados foram comparados por Generalized Linear Mixed Model (GLMM). A maioria dos animais (94%), apresentaram sucesso na fase de treino com a barreira opaca e passaram pra fase teste, sendo que todos os grupos demonstraram melhora em todas as variáveis da etapa teste, com exceção do sucesso. No geral, o tempo para realizar o desvio e o número de erros diminuiu, demonstrando aprendizagem em relação ao controle inibitório. No entanto, não foram encontradas diferenças significativas entre os tratamentos, indicando que vencedores e perdedores apresentam níveis semelhantes de flexibilidade cognitiva. Tal flexibilidade não está associada ao efeito vencedor/perdedor, mas provavelmente é uma característica chave na tomada de decisões que, assim como em mamíferos, promove o ajuste ao ambiente social em peixes. |