Relações entre parentalidade e autonomia e o desenvolvimento do controle inibitório em crianças de 10 a 13 anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Wayson Maturana de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15224
Resumo: Uma longa tradição de estudos da psicologia evolucionista, da psicologia do desenvolvimento e da psicologia social tem apontado para a importância das práticas parentais de cuidado e as crenças parentais de autonomia e relação no desenvolvimento cognitivo e socioemocional das crianças. As funções executivas são habilidades necessárias para sustentar em mente um repertório, inibir distraidores, executar, planejar e monitorar tarefas em prol de uma meta ou finalidade. O controle inibitório é considerado a função executiva responsável por inibir, pensamentos, comportamentos e emoções, sendo assim de grande importância para o autocontrole da atenção e das emoções. Nas últimas décadas diversos estudos têm investigado o papel de influência da parentalidade no desenvolvimento destas habilidades. De modo a contribuir para literatura nacional a respeito deste assunto, a presente dissertação apresentou três estudos: visando contribuir com a adaptação de um instrumento de impulsividade ao Brasil, no primeiro estudo, foi apresentada a tradução e a adaptação da escala Domain-Specific Impulsivity Scale for Children ao português. No estudo de revisão sistemática foi apresentado 35 trabalhos dos quais apenas um não encontrou relações entre parentalidade e funções executivas. Por fim, o terceiro trabalho apresentou um estudo piloto para explorar relações entre as práticas de cuidados parentais na primeira infância, a valorização parental da autonomia e o desenvolvimento do controle inibitório de crianças entre 10 e 13 anos de uma escola pública da cidade de Rio das Ostras, RJ. No estudo um a Domain-Specific Impulsivity Scale for Children foi considerada adaptada semanticamente, e obteve Coeficiente de Validade de Conteúdo (CVC) adequado (> 0.80) em quase todos os quesitos avaliados. O estudo de revisão sistemática apresentou 35 trabalhos dos quais apenas um deles não encontrou relações entre parentalidade e funções executivas. Por sua vez, no estudo piloto, foram encontradas correlações positivas moderadas entre as práticas de cuidados de estimulação na primeira infância e a impulsividade em contexto e trabalhos escolares. A escolaridade dos responsáveis se mostrou a variável com maiores correlações, sendo negativamente correlacionada à impulsividade em contexto e trabalhos escolares e positivamente relacionada as práticas de cuidados parentais de estimulação na primeira infância e o self autônomo dos responsáveis. Embora obtenham resultados distintos, o estudo dois e três apontam para relações entre parentalidade e funções executivas. Mais estudos são necessários para testar a validade dos resultados do estudo piloto