Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Martins, Bárbara Amaral [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180246
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Resumo: |
Autoeficácia docente se refere ao julgamento do professor sobre suas capacidades profissionais e influi sobre sua dedicação e maneira de conduzir o processo educacional. Considerando-se a importância de altos níveis de autoeficácia para a qualidade da educação, defende-se a tese de que a análise de experiências vicárias (provenientes da observação de outras pessoas), durante a formação de professores, na perspectiva da inclusão escolar, pode fortalecer a autoeficácia docente para práticas inclusivas e contribuir para a aquisição de conhecimentos. Assim, investigou-se se a formação docente acerca da inclusão, baseada em experiências vicárias com a modelação de experiências educacionais inclusivas bemsucedidas, envolvendo estudantes com deficiência intelectual (DI) e altas habilidades/superdotação (AH/SD), pode aumentar os níveis de autoeficácia dos professores. A pesquisa foi desenvolvida por meio de quatro estudos. O Estudo 1 objetivou identificar estudantes precoces com indicadores de AH/SD, em uma escola pública. Foram usados instrumentos para a coleta de opiniões, avaliação pedagógica e psicológica. Os dados foram analisados quantitativamente e resultaram na identificação de 12 estudantes. O Estudo 2 teve a finalidade de identificar experiências educacionais inclusivas bem-sucedidas, em salas de aula frequentadas por discentes com DI e AH/SD. Os dados foram coletados por meio de filmagens, a análise foi realizada por juízes a partir de um protocolo de observação e os resultados indicaram que o sucesso das práticas inclusivas está relacionado à flexibilização do processo educacional e se favorece pela ludicidade, cooperação entre pares, materiais de apoio, entre outros. O Estudo 3 destinou-se a mensurar a autoeficácia docente, no que se refere à atuação junto a estudantes com DI e AH/SD, propondo-se especificamente traduzir e adaptar transculturalmente a Teacher Efficacy for Inclusive Practices (TEIP) Scale, validá-la, analisar a relação entre as medidas de autoeficácia para práticas inclusivas e variáveis demográficas e adaptar a versão originada para a mensuração da autoeficácia docente para a inclusão de educandos com DI e AH/SD. A versão brasileira da escala foi submetida à Análise Fatorial Exploratória, a qual revelou a adequação de suas propriedades psicométricas. A relação entre a autoeficácia e variáveis demográficas foi analisada a partir do teste de Kruskal-Wallis e apontou diferenças nas variáveis formação e etapa escolar. A adaptação da escala para públicos com DI e AH/SD resultou em duas novas versões, as quais possuem boa consistência interna, conforme os coeficientes de Alfa de Cronbach. O Estudo 4 objetivou verificar os efeitos da formação na autoeficácia dos professores participantes que realizaram cursos com modelação de experiências educacionais inclusivas bem-sucedidas (experiências vicárias) envolvendo estudantes com DI ou AH/SD. Tanto a análise das pontuações nas escalas de autoeficácia docente para práticas inclusivas, aplicadas antes e após os cursos, quanto a avaliação dos participantes a respeito da formação evidenciaram o fortalecimento das crenças de autoeficácia, que, segundo os professores, esteve acompanhado por aprendizagem, mudança de concepções e maior sentimento de preparo. Enfim, salientam-se as potencialidades da análise de experiências vicárias na formação de professores, enquanto estratégia para desenvolver e/ou fortalecer as crenças de autoeficácia docente para práticas inclusivas, com a articulação entre teoria e prática. |