Desenvolvimento e estudo toxicológico em métodos alternativos dos compósitos à base de látex natural e fosfatos de cálcio para reparação óssea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Miranda, Matheus Carlos Romeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153043
Resumo: Com o aumento dos acidentes automotivos e da expectativa de vida e, consequentemente, o da população de idosos, as fraturas ósseas e a osteoporose estão mais recorrentes, incentivando assim, a busca por novos biomateriais para reparação óssea. Em vista desta problemática, o objetivo desse trabalho consistiu em estudar a influência de diferentes fases de fosfato de cálcio na liberação sustentada utilizando a membrana de latex natural (LN) como carreador para estimular a reparação óssea. Conforme os resultados de MEV/FEG, o sol-gel tratado à 400°C (CPP), 600°C (HA) e 1200°C (α-TCP), apresentaram partículas de 170-650nm, 110-620nm e 10-79nm, respectivamente. A análise de MEV/FEG da superfície das membranas apresentou partículas de CPP inclusas na superfície e no interior das membranas. No entanto, as membranas incorporadas com HA e a α-TCP apresentaram uma inclusão mais superficial. As análises DRX e FT-IR confirmaram a identidade das fases presentes nas membranas. A membrana de LN pura apresentou um valor de rugosidade 71 vezes menor que a amostra de maior rugosidade (LN+ HA). No ensaio de ângulo de contato, as amostras LN pura e LN + CPP apresentaram molhabilidade parcial, enquanto as membranas incorporadas com HA e α-TCP apresentaram molhabilidade completa. Nos ensaios de cinéticas das liberações, as membranas apresentaram uma liberação de 48% para CPP, 95% para HA e 71% para α-TCP durante 330 horas. O ensaio de atividade hemolítica apresentou 1,1% para LN pura, 0% para LN+CPP, 2,2% LN+HA e 1,1% para LN+α- TCP de hemólise. O ensaio de citotoxicidade (MTT em osteoblastos foi inconclusivo, pois enzimas contidas no látex desassociaram as células do fundo do poço da placa de cultura. No entanto, após uma lavagem das membranas LN foi realizado um ensaio de adesão, onde as células aderiram na superfície. O ensaio de toxicidade em C. elegans apresentou nas primeiras 24 horas que as amostras NRL 1dia, LN 5 dias, CPP 1 dia, CPP 5 dias, HA 1 dia, HA 5 dias, e α-TCP 1 dia não são tóxicas. No entanto, a amostra α-TCP 5 dias apresentou toxicidade significativa, onde somente 31% dos animais sobreviveram. Após 48 horas de ensaio, observou-se que as amostras NRL 1 dia, CPP 1 dia, CPP 2 dias e HA 1 dia não apresentaram toxicidade. No ensaio de embriotoxicidade em Danio rerio (Zebrafish), as amostras NRL, CPP e HA apresentaram uma taxa de sobrevivência de aproximadamente 60%, que foi somente 16% menor que controle. No entanto, a amostra α-TCP a partir de 72 horas, apresentou um aumento de 24,82% na mortalidade dos embriões. Estes resultados indicaram que as membranas de LN puras e incorporadas com CPP e HA tem potencial para aplicações biomédicas em reparo ósseo.