Adaptação transcultural e avaliação psicométrica da Teruel Orthorexia Scale para uma amostra de praticantes de exercício físico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Marmol, Carlos Hernani Cruz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202123
Resumo: Proposições: (i) realizar adaptação transcultural da Teruel Orthorexia Scale (TOS) para a língua portuguesa; (ii) avaliar as propriedades psicométricas da escala para uma amostra de praticantes de exercício físico; (iii) verificar a prevalência de aspectos característicos de Ortorexia Nervosa e Saudável entre os participantes. Material e Métodos: O conteúdo da versão original da TOS (espanhol) foi adaptado para a língua portuguesa seguindo protocolo padronizado. A versão em português da TOS foi testada em estudo piloto com 30 adultos brasileiros. Neste, verificou-se que a maioria dos participantes (>75%) compreendeu bem o conteúdo da versão em português e, portanto, o estudo definitivo foi realizado. A amostra foi composta por indivíduos que frequentavam academias da cidade de Araraquara/SP para realizar exercícios físicos. Os participantes preencheram a versão em português da TOS e um questionário para caracterização da amostra. As propriedades psicométricas do modelo bifatorial da TOS (original) foram avaliadas para a amostra. Na validade fatorial, utilizou-se os índices razão de qui-quadrado pelos graus de liberdade (χ 2 /gl), Root Mean Square Error of Approximation (RMSEA), Comparative Fit Index (CFI) e Tucker-Lewis Index (TLI). A variância extraída média (VEM) e o coeficiente de determinação (r2 ) foram calculados para investigar as validades convergente e discriminante, respectivamente. Além disso, foi verificada a confiabilidade dos fatores por meio dos coeficientes alfa ordinal (α) e ômega (ω). A invariância também foi avaliada e utilizou-se análise multigrupos (Δχ 2 ). Ainda, os escores médios de cada fator da TOS foram calculados e as prevalências foram estimadas. Resultados: Participaram do estudo 226 sujeitos (homens=63,7%) com média de idade de 27,8 (desviopadrão=5,1) anos. O modelo bifatorial da TOS apresentou adequada validade fatorial (χ 2 /gl=2,74; RMSEA=0,09; CFI=0,94; TLI=0,93), convergente (VEM=0,58/0,53) e discriminante (r2=0,19), bem como boa confiabilidade (α=0,91/0,90; ω=0,87/0,78) para a amostra de estudo. Além disso, o modelo bifatorial da TOS foi invariante quando testado em subamostras independentes e entre homens e mulheres (Δχ 2 : p=0,074-0,748). Quanto aos escores médios dos fatores da TOS, observou-se que apenas a Ortorexia Nervosa foi diferente entre homens e mulheres sendo que o público feminino apresentou valores mais elevados (p=0,001). Na amostra total, a prevalência de aspectos típicos de Ortorexia Nervosa foi de 5,3% e de Ortorexia Saudável foi de 41,1%. Conclusão: A versão em português da TOS apresentada neste estudo foi bem compreendida pelos participantes e poderá ser utilizada em contexto brasileiro. Para a amostra estudada, o modelo bifatorial da TOS foi válido e confiável. Ainda, foram encontradas prevalências importantes de aspectos disfuncionais e “normais” quanto à ingestão de alimentos saudáveis. Portanto, o uso da TOS em futuras investigações pode ser útil para rastrear indivíduos com comportamentos alimentares de risco visando desenvolver estratégias de ação mais direcionadas e efetivas. Palavras chave: Ortorexia; Escala; Validade; Confiabilidade; Tradução; Exercício Físico.