Repensando o fracasso escolar: reflexões a partir do discurso da criança-aluno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Sirino, Marisa de Fátima [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97644
Resumo: O tema Fracasso Escolar está constantemente em discussão e quase sempre se vincula à deficiência da criança-aluno, considerada a partir da visão da classe dominante, que marginaliza e exclui aqueles que não se adaptam aos seus padrões. Esta pesquisa investiga tal tema sob a perspectiva da criança-aluno tida como portadora de problemas de aprendizagem. Queremos com isso contribuir para a problematização do tema sob uma nova ótica. Durante o período de um ano acompanhamos o cotidiano de uma escola pública de ensino fundamental, realizando observações (em salas de aula - 3asérie e reforço -, e nos demais espaços da escola), atividades em grupo com 03 alunos e entrevistas com pais e professores. De forma geral, as famílias atribuem a si próprias ou a seus filhos a responsabilidade pelo fracasso escolar da criança-aluno. Os professores, por sua vez, reforçam essa crença, ao impor às famílias e às crianças essa responsabilidade. O contato com as crianças-alunos nos permitiu presenciar manifestações referentes ao cotidiano extra-escolar e a sua história pessoal e de sentimentos de (in)adequação ao ambiente escolar; pudemos verificar como se relacionam com os colegas, com o lúdico e com o aprender/não aprender na escola e como reagem frente aos estigmas atribuídos a elas na escola. O contexto grupal permitiu uma maior aproximação e possibilitou a emergência de opiniões, percepções, sentimentos, sensações, desabafos; enfim, reações diversas sobre o que pensam da escola e das relações estabelecidas neste contexto e fora dele. Através das ações, às vezes desordenadas, inquietas, apáticas, turbulentas, as crianças falam. Elas denunciam algo que ultrapassa a questão pedagógica, falam de preconceitos, violências, medos, desrespeito...