O enfrentamento do fracasso escolar em uma escola pública: análise crítica na perspectiva do cotidiano escolar.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Dalsan, Joseana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-20042007-111747/
Resumo: Trata-se de um estudo de caso, que teve como objetivo analisar sob a perspectiva teórica da psicologia escolar crítica, um projeto de intervenção psicopedagógico, com crianças que vinham apresentando dificuldades de escolarização, numa escola pública municipal de ensino fundamental I, no interior do Estado de São Paulo, a partir da análise do discurso dos participantes deste projeto: gestora, coordenadora pedagógica, psicopedagoga, professoras das classes regulares, professora dos grupos de apoio e seus alunos. Objetivou ainda, analisar de que forma esse trabalho vem contribuindo para a dinâmica dos mecanismos intra-escolares produtores de problemas de escolarização dos alunos de camadas populares. Concluiu-se que o projeto é baseado na teoria construtivista psico-genética de Piaget, que relaciona diretamente o estágio de desenvolvimento cognitivo com a capacidade das crianças aprenderem determinados conteúdos escolares, e tem como característica principal a atuação da psicopedagogia em três frentes: a reorganização das Classes de Aceleração na rede municipal, a capacitação dos professores que atuam nessas classes e a avaliação psicopedagógica individual dos alunos que não avançam na escolarização. Este projeto estaria reproduzindo e fortalecendo a visão hegemônica de fracasso escolar centrando sua análise das causas nos alunos e em suas famílias advindas das classes populares, e também culpabilizando o professor supostamente mal formado para resolver os problemas escolares desses alunos, deixando a instituição escolar fora de foco, ou seja, as relações, concepções, as práticas escolares, as condições precárias de trabalho dos educadores, as políticas públicas que atravessam a escola, perpetuando a exclusão dos alunos das classes populares, dentro da escola, distanciando-os do seu direito de escolarizar-se.