Uma análise cienciométrica da produção acadêmica sobre ensino de Ciências em espaços não formais em periódicos e eventos da área (2008 – 2019)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Barros, Lucas Guimarães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194481
Resumo: A pesquisa desenvolvida nesta Tese é caracterizada como um estudo quantitativo de base cienciométrica e teve como objetivo descrever, analisar e avaliar a pesquisa acadêmica nacional sobre o ensino de ciências em espaços não formais publicada em periódicos qualis A1 e A2 na área de Ensino e apresentada em eventos da área de Ensino de Ciências, no período 2008 a 2019. Para isso, foi realizada uma discussão sobre a Cienciometria (síntese histórica, definição e características e possibilidades de articulação com a pesquisa em Educação em Ciências) e o Ensino de Ciências em espaços não formais (síntese histórica e caracterização da temática atual enquanto tema de pesquisa em programas de pós-graduação da área de Ensino de Ciências). Em seguida, discutimos os encaminhamentos metodológicos da pesquisa, os instrumentos de análise e procedimentos realizados para obtenção de dados. Os resultados foram categorizados em sete indicadores cienciométricos para os artigos (características gerais, conteúdo, autoria, filiação institucional, referências utilizadas, núcleo e citação) e quatro para os trabalhos de eventos (informações gerais, indicadores de conteúdo, de autoria e de filiação institucional). Dentre os resultados, foram mapeados 184 artigos no período de análise (entre 40 publicados em periódicos A1 e 144 publicados em periódicos A2), distribuídos principalmente no período de 2011 a 2016, que concentrou 59% do total de publicações. Além de 420 trabalhos apresentados em eventos, principalmente ENPEC e SNEF. De maneira geral, os artigos têm um tempo de publicação médio (intervalo de tempo entre a submissão e a publicação) de 1 ano, chegando a ser superior em alguns. Nos indicadores de conteúdo, identificou-se que mais de 80% dos resultados de mapeamento de descritores-chave no interior dos artigos estão concentrados em 5 deles (divulgação científica, educação não formal, museu de ciências, espaços não formais e centros de ciências), sinalizando para a representatividade dessas expressões nas pesquisas da área. No indicador de autoria, mais de 80% dos autores produziu apenas um artigo, enquanto uma quantidade muito pequena de pesquisadores produziu entre 2 e 4 artigos no período pesquisado. Já o indicador de filiação institucional permitiu identificar as instituições de maior concentração da produção científica (localizadas em sua maioria nas regiões Sul e Sudeste, embora note-se um crescimento de outras regiões como a Norte), bem como um índice relativamente baixo de colaboração interinstitucional. Entre as referências utilizadas notamos que artigos e capítulos de livros são os tipos mais comuns usados para embasar as pesquisas, ao passo que teses e dissertações e trabalhos de eventos aparecem em seguida como obras de referência mais utilizadas. Com base na Lei de Bradford, o indicador de núcleo apontou três periódicos como os que mais publicaram sobre o assunto (Areté, EPEC e EEREV), enquanto a produção restante se distribuiu em 29 periódicos organizados em duas “camadas” adjacentes. Foi realizada ainda uma análise de citações dos artigos selecionados em que constatamos que pesquisas teórico-metodológicas são citadas quase 6 vezes mais do que pesquisas empíricas. Dados muito semelhantes foram encontrados para as categorias elencadas para os eventos, sinalizando para uma comunidade de pesquisa que ainda está em desenvolvimento, com uma literatura de tempo médio variando entre 10 e 15 anos e que vem se diversificando nas abordagens e temáticas investigadas. Por fim, a pesquisa é concluída a partir de reflexões sobre os resultados obtidos e encaminhamentos futuros que possam subsidiar novas investigações sobre a temática estudada.