Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Centeno, Daniela Capelas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154000
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Resumo: |
A agricultura brasileira, a partir da década de 1990, apresentou ganhos expressivos de produtividade, porém aumentaram também as preocupações com a sustentabilidade dos sistemas de cultivos predominantes, baseados na utilização intensiva de insumos que podem causar a poluição e contaminação dos solos, da água e do ar, além da possibilidade de deixar resíduos tóxicos nos alimentos. Uma das formas de contornar esse problema é adoção da agricultura orgânica, que embora responda por uma parcela muito pequena da produção, cresceu significativamente nas últimas décadas. No entanto, ainda são poucas as investigações que abrangem o estudo conjunto de produtores e consumidores de orgânicos. Este trabalho objetivou identificar, no Território Noroeste Paulista (SP), o perfil dos agricultores, caracterizar as propriedades rurais e as formas de comercialização de produtos orgânicos, e investigar o perfil e o comportamento dos consumidores de orgânicos. A obtenção dos dados da pesquisa realizou-se por meio da aplicação de um questionário junto a 13 agricultores, o que corresponde a 86,6% dos produtores orgânicos certificados e em fase de transição orgânica do referido Território. No caso dos consumidores foi aplicado também um questionário que abrangeu 50 consumidores (escolhidos ao acaso) que frequentam a Feira de Orgânicos de Jales (SP). Constatou-se que mais de dois terços dos pesquisados são agricultores familiares e possuem certificação para a produção de orgânicos. Prenomina a comercialização direta com o consumidor final (84,6% do total) de olerícolas e, com menor frequência, de frutas. A renda obtida com a comercialização de orgânicos é muito variável, mas a maioria obtém até R$1.000,00 mensais. A venda em circuitos curtos é vantajosa, pois reduz ou exclui a intermediação e possibilita a ampliação da margem de lucro, embora exija um maior esforço dos agricultores que precisam assumir mais uma tarefa além da produção agrícola. Os consumidores pesquisados possuem um perfil semelhante aos consumidores de produtos orgânicos do país, caracterizados pelo alto grau de escolaridade. A maioria gasta menos de R$100,00 por mês na Feira e aponta como principal razão para a compra de orgânicos, o fato de serem “alimentos saudáveis”; enquanto a falta de variedade dos produtos foi a dificuldade mais citada. A produção e o consumo de orgânicos no Território Noroeste Paulista ainda é incipiente, mas a instalação da Feira de Produtos Orgânicos de Jales ampliou a visibilidade desta forma de produção. |