Sistematização e análise da oferta de produtos orgânicos na feira do Bom Pastor em Juiz de Fora, Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pereira, Gabriel Barbosa lattes
Orientador(a): Fonseca, Maria Fernanda de Albuquerque Costa
Banca de defesa: Fonseca, Maria Fernanda de Albuquerque Costa, Strauch, Guilherme de Freitas Ewald, Espíndola, José Antonio Azevedo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10374
Resumo: Os circuitos curtos de comercialização de orgânicos têm crescido em nosso país, sendo uma forma de comercialização que proporciona maior envolvimento entre vendedores (muitas vezes acaba sendo o próprio produtor, também feirante) e os consumidores finais. O surgimento da pandemia de COVID-19 no ano de 2020, que levou a necessidade do isolamento social, fez com que sistemas alimentares sofressem modificações, bem como as relações de consumo. Assim sendo, o objetivo desta dissertação consistiu na sistematização e análise da oferta de produtos orgânicos na Feira do Bom Pastor, localizada no município de Juiz de Fora – MG, durante o período pré e pós pandemia de COVID-19. A Feira do Bom Pastor é coordenada pelos associados da MOGICO (Monte de Gente Interessada em Consumo Orgânicos), os quais se organizaram para dar continuidade na oferta de produtos orgânicos durante a pandemia. Para a sistematização da oferta (origem, diversidade, quantidade, qualidade, frequência e preços) realizou-se a coleta dos dados da feira e das cestas online da MOGICO no período de janeiro de 2019 a maio de 2021. Em 2021, havia um total de oito feirantes e 15 barracas, pois existem feirantes que possuem até quatro barracas para comercializar seus produtos. Dentre essas barracas, há cinco escopos diferentes de produção: produção primária vegetal, processamento de produtos de origem vegetal, produção de cogumelos comestíveis, produção primária animal e processamento de produtos de origem animal. Vale destacar que há uma uniformidade da oferta de produtos no período estudado, pois dentre os 54 produtos ofertados, 31 ficam disponíveis durante o ano todo, com diversidade de hortaliças (frutas, legumes e verduras). Paralisada em março 2020, a Feira do Bom Pastor retornou com suas atividades em agosto de 2020 seguindo todos os protocolos de segurança sanitária. O faturamento bruto da feira no ano de 2019 foi de R$ 445.025,00 sendo média de R$37.085,40/mês; em 2020 foi de R$ 157.552,00 sendo a média de R$ 22.507,50/mês e até maio de 2021 foi de R$ 59.151,00 sendo a média de R$ 14.792,87/mês demonstrando uma redução no faturamento bruto mensal de 39,31%% no ano de 2019-2020 e 34,28% no ano de 2020-2021. Antes da pandemia de COVID-19, não havia a comercialização dos produtos orgânicos de forma coletiva entre os feirantes, na modalidade de cestas em domicílio. Em decorrência da disseminação da COVID-19, em março de 2020, as feiras foram suspensas e partir de então os feirantes se organizaram de modo a comercializar coletivamente seus produtos na forma de cesta online no site denominado “Cesta de produtos orgânicos MOGICO”. A criação do site proporcionou aos produtores uma nova forma de comercialização dos seus produtos em meio à continuidade da pandemia de Covid-19, além de os deixarem mais esperançosos e motivados para melhorar o planejamento na produção de orgânicos. Os circuitos curtos de comercialização favorecem o desenvolvimento da economia local, fazendo com que os alimentos sejam produzidos e consumidos na região, possibilitando a oferta de produtos saudáveis e frescos, além do maior estreitamento das relações entre os feirantes e os consumidores.